O Colégio Técnico de Teresina (CTT), sediado no Campus Ministro Petrônio Portella da Universidade Federal do Piauí (UFPI), foi o único representante do Estado a ser premiado na 13ª Edição do Concurso de Desenho e Redação do Programa Educação Cidadã da Coordenadoria Geral da União (CGU). A Instituição foi contemplada no resultado do concurso na categoria Escola Cidadã pelo trabalho desenvolvido em cumprimento ao Plano de Mobilização proposto na portaria de inscrição. Neste ano, o concurso explorou a temática “Cidadania Digital: acesso e educação para a democracia”, com mais de 5 mil trabalhos enviados por escolas de todo o Brasil.
A atuação do CTT/UFPI contou, sobretudo, com uma campanha digital, via redes sociais, acerca do tema da cidadania digital, o uso das mídias sociais como ambiente para debate de ideias pelos estudantes e discussões no ambiente escolar acerca da ética e responsabilidade dentro do ambiente virtual. A premiação irá ocorrer até dia 31 de março de 2025, com local e data de premiação a serem divulgados pela CGU. As escolas premiadas na categoria Educação Cidadã receberão um Certificado de Premiação e Reconhecimento.
Diretor do CTT/UFPI, Jossivaldo Pacheco
O diretor CTT/UFPI, professor Jossivaldo Pacheco, destacou a colaboração entre alunos e professores no Plano de mobilização e frisou o compromisso da escola com concursos, olimpíadas e diversas outras atividades que estimulem o exercício da cidadania e aprimorem o conhecimento dos estudantes. “Com grande orgulho, recebemos o resultado da CGU. Esse tipo de concurso é sempre incentivado, e vamos continuar a engajar nossa comunidade na participação. Estamos sempre abertos para apoiar toda e qualquer manifestação que traga benefícios no que diz respeito à formação dos nossos alunos e que eles sejam conscientes do papel na cidadania”, enfatiza.
A atuação do Colégio Técnico de Teresina partiu da necessidade de encontrar uma alternativa para engajar a comunidade no período das férias. Assim, surgiu a campanha “CTT e a Cidadania Digital” que foi veiculada no perfil do instagram da Sala de Leitura do CTT, em colaboração com o perfil oficial do colégio. No retorno das aulas, em agosto, foi realizada uma competição entre os discentes, no formato de quiz, sobre a temática. O projeto contou com a participação dos docentes Elizabeth Rocha, Jossivaldo Pacheco, Sidclay Maia, e dos discentes Clara Santana, Cristian Furtado de Oliveira e Isabel Maria de Assis e com o apoio da Superintendente EBTT da UFPI, à época, professora Virgínia Muniz.
Professora Elizabeth Gonçalves
A professora Elizabeth Gonçalves detalhou que a atuação do projeto contou com reuniões semanais da equipe Vire a Página para planejamento de ações e elaboração do cronograma de atividades durante cinco semanas. Professores e alunos se uniram para mobilização, via rede social, abertura de formulários para a comunidade escolar, mapeamento da interação no ambiente digital, seleção e estudo das problemáticas a serem abordadas, produção, roteirização e execução.
“Para mim participar da campanha foi uma virada de chave, porque até então não tinha parado para pensar que na vida virtual temos direitos e deveres, assim como na vida real. Ter participado na linha de frente da criação e execução, me fez perceber que cada um de nós pode ser um agente de transformação”, afirma Elizabeth.
O Plano de Mobilização do CTT/UFPI conseguiu relevância na realidade local, tendo inclusive realizado parceria com a Coar Notícias, projeto de checagem de notícias, com participação da Coordenadora de Educação na Coar Notícias e professora substituta do curso de Jornalismo da UFPI, Ohana Luize, que participou de um dos vídeos da campanha, compartilhando informações sobre a relação entre responsabilidade no ambiente digital e a proliferação de desinformação no ambiente virtual.
Estudante do CTT, Clara Santana
A estudante Clara Santana explica que a participação no projeto oportunizou dar visibilidade ao protagonismo estudantil no ambiente virtual em torno das discussões sobre a cidadania digital, bem como agregou conhecimento e habilidades durante o processo de mobilização dos colegas. Tendo sido bolsista atuante no Vire a Página, Clara esteve envolvida diretamente em atividades de produção, roteirização, seleção de temáticas a serem trabalhadas e estudo da interação dos alunos do Colégio Técnico nas redes sociais.
“Acredito muito que, além dos conteúdos escolares, são essas atividades extracurriculares que colaboram para um processo de amadurecimento, autoconhecimento e, sobretudo, consciência do mundo. Pude, com o projeto, me arriscar de uma maneira que dificilmente aconteceria sem que ele tivesse acontecido”, declara Clara Santana.
O plano de mobilização teve duas fases de funcionamento: uma virtual e outra presencial. Virtualmente, no perfil Vire a Página, (@slvireapagina), em colaboração com o perfil do colégio, (@ctt.ufpi), a equipe trabalhou a abordagem da temática em cinco semanas. Na primeira, foi explorada a temática ‘O que é cidadania digital/educação midiática e sua importância’, com criação de cards e publicação de vídeos; na segunda, ‘Fake News’, com estudo de material textual e estratégias de interação; na terceira, discussão sobre sextorsão, cyberbullying e roubo de dados, com textos, vídeos e estratégias de interação; na quarta, estudo sobre privacidade, etiqueta, saúde e bem-estar, novamente com textos e vídeos, bem como estratégias para engajamento do material nas redes sociais; e na quinta, foram discutidas ações governamentais e particulares no enfrentamento das questões abordadas anteriormente, com foco na interação entre estudantes. Presencialmente, em agosto, durante as comemorações do Dia do Estudante no colégio, aconteceu, no auditório do CTT, um “Quiz” sobre Educação Midiática. Um representante de cada turma responderia às questões abordadas durante a campanha on-line.