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Projeto de extensão distribui cartilhas, álcool em gel e máscaras para indígenas Warao

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Última atualização em Sexta, 12 de Junho de 2020, 11h10

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Como parte do projeto “Prevenção e proteção aos Warao no contexto da pandemia”, foram entregues 200 cartilhas informativas sobre os cuidados necessários durante o atual cenário da pandemia, álcool em gel e máscaras para os indígenas Warao, que estão abrigados no bairro Poti Velho, no Centro Social Urbano do Buenos Aires e no Centro de Formação da Emater (Empresa de Assistência e Extensão Rural), em Teresina.

A cartilha leva o nome “Povo Warao: vamos nos proteger do coronavírus” e foi produzida em português e traduzida para o espanhol e para a língua Warao. A entrega foi realizada em frente à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PREXC), no último dia 05 de junho, em espaço aberto, e teve a presença da Pró-Reitora da PREXC, Cleânia Sales; Coordenador da PREXC, Aécio Bezerra; da Coordenadora da ação das cartilhas, professora Carmen Lúcia Silva Lima; professoras Lilian Catenacci e Janaína Maria dos Santos, do Grupo de Trabalho Saúde (GT-Saúde) do Comitê Gestor de Crise (CGC) da UFPI; Lucineide Rodrigues, Coordenadora da Cáritas Arquidiocesana; e de nove indígenas Warao, três de cada abrigo.

Foram feitas três sessões de exposição do material, esclarecendo suas informações, processo de produção e feitas orientações sobre o uso da máscara e do álcool em gel, para grupos de três indígenas.

A professora Carmen Lúcia destacou que os indígenas têm uma cultura própria e precisam acessar o conhecimento e informações sobre a pandemia numa linguagem que possam entender. “A cartilha teve essa preocupação, foi redigida por professores da universidade, juntamente com alunos do Departamento de Serviço Social, exatamente numa linguagem que permite a eles se apropriarem desse conhecimento e repassarem para os parentes dentro dos abrigos. Por isso, também, o nosso esforço da cartilha ter uma versão em espanhol e na língua Warao, muitos falam espanhol e todos dominam o Warao, então, escrever a cartilha e traduzir para a língua Warao representa para nós a segurança de que eles vão poder acessar esse conhecimento”, frisou.

Segundo Lucineide Rodrigues, Coordenadora da Cáritas Arquidiocesana, os indígenas estão em abrigos onde as condições sanitárias não são muito favoráveis e há um número de pessoas acima do recomendado. “Para nós, essa cartilha é fundamental na prevenção do coronavírus nos abrigos, onde quem não sabe ler, pode ver as ilustrações e perceber as formas que eles podem prevenir o vírus. A cartilha vem de forma didática e bem pedagógica, no sentido de instruir os indígenas adultos e também as crianças, porque traz várias ilustrações sobre as formas de contágio, prevenção e sintomas. Como eles não têm muita habilidade com a língua portuguesa, a cartilha vem também na língua nativa deles que é o Warao. É uma ação muito importante nesse processo de sensibilização e de conscientização sobre o contágio do coronavírus”, frisou.

O professor Aécio Bezerra ressaltou a importância da ação. “Entendemos que a ação de extensão da equipe da professora Carmen Lúcia Silva Lima em produzir cartilhas no idioma vernáculo (nativo), além do Espanhol e Português, para distribuição aos indígenas Warao abrigados em Teresina, que receberam, também, treinamento, máscaras e álcool em gel 70%, tem uma grande importância social, humanitária e protetiva para os Warao, que tinham no idioma mais uma barreira agravante da condição de vulnerabilidade em relação à covid-19”.

Para a professora Carmem Lúcia, a participação dos indígenas é determinante para o sucesso da ação. “A ação de extensão tem como característica o protagonismo dos próprios indígenas, a gente oferece o conhecimento, mas quem vai de fato repassar esse conhecimento, implementar essas práticas dentro dos abrigos são os próprios indígenas. Então, isso é muito importante, porque sabemos que uma ação para dar certo precisa contar com o protagonismo daqueles que são exatamente os destinatários dessa ação, no caso dessa atividade de extensão, eles de fato participaram ativamente do processo de construção e tradução da cartilha, e agora do repasse dos conhecimentos que foram passados no treinamento feito na Universidade. Isso representa a garantia de que a ação será bem sucedida, porque conta com esse envolvimento e protagonismo dos indígenas Warao”, destacou.    

A Pró-Reitora Cleânia Sales falou da importância da ação extensionista, destacando também o protagonismo indígena e o seu impacto social. “A participação de alguns membros da comunidade indígena na elaboração da cartilha e sendo multiplicadores dos saberes sobre a prevenção do coronavírus junto aos demais membros da comunidade mostra a interação dialógica entre comunidade e universidade que caracteriza a extensão universitária na UFPI, pautada na troca de saberes e no trabalho colaborativo e não numa relação verticalizada. Por outro lado, a participação de várias instituições e de várias unidades da UFPI neste projeto possibilitou que seus objetivos, ações, metas e resultados iniciais fossem ampliados, propiciando um maior impacto social para estas comunidades de vulnerabilidade maior no contexto da pandemia”, finalizou.

Confira mais fotos da ação:

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Saiba mais sobre a cartilha acessando aqui.  

 

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