Terminou nesta sexta-feira (3) o I Seminário de Assistência Estudantil e Inclusão Social, realizado na Universidade Federal do Piauí e organizado pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (PRAEC). O evento contou com a participação de estudantes e de profissionais do Piauí e de outros estados que abordaram o tema através de palestras, mesas e conferências.
Entre as palestras ministradas no segundo dia do seminário, estava a da professora Dra. Ana Cristina Brito Arcoverde, da Universidade Federal de Pernambuco, que falou sobre a “Política de Democratização do Acesso ao Ensino Superior”. “O ensino superior é um bem público e o bem público é de uso comum, não pode ser seletivo. É um desafio enorme montar uma política de acesso ao ensino superior para todos, devido ao nosso próprio modelo de política no Brasil, que é muito complexo”, disse.
Professora Dra. Ana Cristina Brito Arcoverde falou sobre a
“Política de Democratização do Acesso ao Ensino Superior”
O segundo dia de programação contou ainda com a mesa redonda “Políticas de inclusão: Do Direito à Operacionalização”, com a promotora de Justiça Marlúclia Gomes Evaristo Almeida e a professora Msc. Marta Freitas, da Secretaria Estadual de Educação.
Em sua explanação, dentre vários aspectos conceituais e legais, a promotora enfatizou a diferença entre integração e inclusão: o primeiro termo se refere “à participação da pessoa com deficiência na socidade, mas sem, necessariamente, fazer parte dela”; no segundo, “a pessoa com deficiência passa a fazer parte, já não é mais excluída, na medida em que lhe são oferecidos recursos para que isso aconteça”.
Professora Marta Freitas e promotora Marlúclia Almeida falaram sobre inclusão social
Segundo a professora Marta Freitas, “a universidade tem um papel muito importante na inclusão das pessoas com deficiência, pois tem a possibilidade de fomentar, através de estudos, práticas inovadoras para essa inclusão”.
Encerramento do seminário contou com apresentação teatral do grupo Metamorfose
A pró-reitora da PRAEC Nadir Nogueira acredita que o evento alcançou os objetivos pretendidos nessa primeira edição. “Espero que o seminário tenha continuidade, considerando os resultados que obtivemos, como a participação efetiva dos alunos e principalmente a abordagem, pelos temas que foram tratados aqui. O objetivo era mesmo esse, de trazer pessoas que nos ajudassem a pensar sobre a assistência estudantil, efetivamente inclusiva”, avaliou.
Por Fernanda Dino