Sistema que permite compartilhar respirador em até 4 pacientes entra em nova fase de testes
Pensando nisso, pesquisadores do Projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) para o Hospital de Campanha Estadual (HCE) desenvolveram o Sistema de Compartilhamento de Ventiladores 4shAir, em conjunto com pesquisadores do Hospital Universitário da UFPI, onde a tecnologia será testada.
O sistema vai permitir que 1 respirador seja utilizado em até quatro pacientes, sem comprometer as informações individuais, como o monitoramento de volume, controle de pico e o parâmetro de controle de cada paciente. Os leitos serão dispostos em formato de “X” para que a distância entre a cama e o ventilador seja igual e todos os pacientes tenham a correta distribuição do ar.
“O 4shAir garante o monitoramento de volume individual, o controle da pressão de PEEP e de pico individual e conta com um sistema de alarmes para condições anormais de operação para cada paciente. O ventilador original já vem com um sistema de controle muito robusto. Ele é preparado para atender desde uma criança a uma pessoa obesa e muito alta. Quando colocamos quatro pacientes em um respirador, ele garante o volume de ar para todos. O que o sistema faz é a distribuição monitorada e controlada desse ar para os quatro pacientes ”, afirmou Caio Damasceno, pesquisador que idealizou o estudo e docente do curso de graduação de Engenharia Elétrica da UFPI.
Testes - O sistema foi testado em simuladores de pulmões e obteve resultados técnicos experimentais positivos. O próximo passo da pesquisa é o teste em animais no Hospital Veterinário Universitário (HVU) da UFPI.
“Estamos resolvendo a documentação junto à Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) para a realização teste com caprinos no Hospital Veterinário Universitário (HVU) da UFPI, uma exigência emitida pelo parecer da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa ”, explicou Damasceno.
Testes em humanos - Após a testagem em animais, o sistema será testado em pacientes no Hospital Universitário da UFPI. O estudo é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) e conta com a contribuição de cientistas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).