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CAPES reduz número de bolsas de Pós-Graduação da UFPI

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Última atualização em Sábado, 28 de Março de 2020, 14h22

Universidade Federal do Piauí, por meio da Pró-reitoria de Ensino de Pós-graduação (PRPG), informa, em meio à crise ocasionada pela Corona Vírus / Covid-19, o corte de 149 (cento e quarenta e nove) bolsas de Pós-graduação stricto sensu do programa de Demanda Social (DS) da CAPES, que objetiva apoiar discentes de programas de pós-graduaçãostricto sensupor meio da concessão de bolsas de estudo. A UFPI contava, em 30 de junho de 2019, com 467 bolsas, sendo 373 de Mestrado e 94 de Doutorado, distribuídas nos 53 cursos de Pós-graduação stricto sensu, modalidade acadêmica, nos campi de Teresina, Parnaíba e Bom Jesus.

A PRPG informaque abolsas da CAPES foram retiradas de forma gradativa e inesperada. Inicialmente, no dia 08 de maio de 2019, por meio do Ofício Circular Nº 1/2019-GAB/PR/CAPESa CAPESrecolheu bolsas de Pós-Graduação da UFPI não utilizadas do Programa de Demanda Social (DS) e do Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD/CAPES), totalizando 118 bolsas (61 de mestrado e 57 de doutorado).

Após discussão no Fórum de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação (FOPROP), no dia 20 de fevereiro de 2020, a CAPES emitiu Portaria No 19 que dispõe sobre os critérios para distribuição de bolsas no âmbito do Programa de Demanda Social (DS)referente ao período de março de 2020 a fevereiro de 2021.Nesta regulamentação, foi estabelecido que cada programa receberia seu quantitativo de bolsa com base nos seguintes critérios: nível do curso (mestrado/doutorado), tamanho do corpo docente, número de titulados e fator IDHM (índice de desenvolvimento humano do município). Embora fosse controversa, a regulamentação trazia o limite de perda ou ganho, de cada curso,no limite de 10% (dez por cento) do total de bolsasEntretanto, ndia 3 de março de 2020, a comunidade acadêmica do país foi surpreendida pelaemissão da Portaria No 34 /CAPES,readequando a quantidade de bolsas oferecidas no País.A nova portariarevoga parcialmente as regras divulgadas em fevereiro deste ano, presentes nas Portarias da Capes de Nº 18 e 20, de 20 de fevereiro, e de Nº 21, de 26 de fevereiro.

A Profa. Dra. Regina Lucia F. Gomes, Pró-reitora de Ensino de Pós-graduação, lamenta a política adotada pela CAPESque dificulta o avanço da pós-graduação e das pesquisas mais qualificadasNeste momento de crise gerada pela pandemia da Covid-19, o fortalecimento da capacidade de produção científica e tecnológica é extremamente importante do ponto de vista do investimento em ciência e tecnologia. Essescortes afetam diretamente a pesquisa na UFPI, bem como o avanço para novas descobertas, já que as bolsas são associadas à pesquisa contínua e atingem a vida acadêmica e social do ponto de vista da instabilidade financeira, destaca a pró-reitora.

Segundo o Coordenador de Programas Stricto Sensu da PRPG, Prof. Dr. WelterCantanhêde, a nova regulamentação da CAPES vai na contramão do avanço obtido nos programas de pós-graduação da UFPI nos últimos anos: “A UFPI obteve um salto de qualidade nos programas de pós-graduação nos últimos três anos. Houve um incremento de mais de 200% na quantidade de cursos de Doutorado, saltando de 10 para 21, bem como a qualidade dos cursos. Hoje, mais de 50% dos cursos oferecidos pela UFPI têm conceitos bom e muito bom. Ou seja, notas 4 e 5”, destaca do coordenador.

 

Confira portaria No 20

Confira portaria No 34

Confira ofício circular 

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