Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Últimas Notícias - UFPI > Abertura do XVI Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada
Início do conteúdo da página

Abertura do XVI Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada

Imprimir
Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

Conferência de abertura

"Amenager, degrader, proteger: reflexion sur l'environnement" foi o tema da Conferência de Abertura do XVI Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada - "Territórios Brasileiros: dinâmicas, potencialidades e vulnerabilidades" promovido pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGEO) e Universidade Estadual do Piauí (UESPI), neste domingo (29), no Hotel Blue Tree Towers Rio Poty. Até o dia 4 de julho serão realizadas mesas-redondas com professores palestrantes de diversas instituições do Brasil que discutirão sobre assuntos relativos aos vários segmentos da Geografia Física, além de lançamentos de livros e apresentações culturais.

A Cerimônia contou com a presença da Coordenadora do evento e da Pós-Graduação em Geografia da UFPI, Profa. Dra. Claudia Maria Sabóia de Aquino; do Coordenador Adjunto do evento, Prof. MS. Renê Pedro de Aquino (UESPI); do Diretor do Centro de Humanas e Letras (CCHL) da UFPI, Prof. Dr. Nelson Juliano Cardoso Matos; do Coordenador do Mestrado de Geografia da UFPI, Prof. Dr. Gustavo Sousa Valadares; do Reitor da UESPI, Prof. Dr. Nouga Cardoso Batista e da Vice-reitora da UESPI, Prof. Dra. Barbara Olimpia Ramos de Melo.

A Profa. Dra. Claudia Maria Sabóia de Aquino, Coordenadora Geral do Simpósio, ressaltou a importância da realização do evento. "A comunidade geográfica piauiense está feliz em poder acolher os pesquisadores das diferentes regiões do país bem como de outras nacionalidades. Temos certeza de que este simpósio será um marco histórico na integração acadêmica e cientifica da geografia piauiense. Acreditamos que embora heterogênea, as práticas de geografia física das diferentes instituições aqui presentes, constituem nossa maior riqueza", disse.

Claudia Maria Sabóia de Aquino, Coordenadora Geral do evento e o Reitor da Uespi, Prof. Dr. Nouga Cardoso Batista

Renê Pedro de Aquino, Coordenador Adjunto destacou que a realização do simpósio é vista como uma oportunidade de troca de conhecimento e aprendizagem, tendo em vista a riqueza da programação com eixos temáticos que orientam as conferências e mesas redondas e os mais de 600 trabalhos acadêmicos inscritos. Tamanha riqueza de produção cientifica apresentada representa um momento especial para a geografia no Piauí", destacou.

Renê Pedro de Aquino, Coordenador Adjunto do evento

O Prof. Dr. André Augusto Rodrigues Salgado, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), coordenou a Conferência de Abertura, que foi iniciada com a palestra da francesa Yvete Veyre, um dos principais nomes do movimento sustentável, Professora Doutora Emérita da Universidade de Paris 10 e Presidente do Comitê Nacional de Programas Escolares da França. A pesquisadora pontuou sobre a Geografia na França através dos tempos. Além disso, fez uma reflexão sobre o desenvolvimento, degradação e proteção do meio ambiente e a relação da Geografia Física e sua maneira de organizar o ambiente.

Profa. Dra. Yvete Veyre

Segundo a Profa. Dra. Yvete Veyre, a poluição, a industrialização, o crescimento da população causa um impacto maior sobre a natureza e esta relação entre a sociedade e a natureza é uma questão fundamental para o geógrafo postar-se diante de outras ciências, desde ecologia científica até o discurso ecológico político. "O homem é um ser com poder de decisão e dessa forma tem o poder de mudar a natureza ao mesmo tempo em que ele precisa utilizar a natureza para desenvolver suas atividades", explica.

Sobre as áreas preservadas e consideradas patrimônio cultural, a pesquisadora explica que se não integrar e levar em consideração as populações que habitam o interior das zonas preservadas implicará em uma derrota e não se conseguirá atingir os objetivos quando essas unidades de preservação foram criadas. E explica ainda que, o dever de administrar a natureza fica a cargo do geógrafo. "Não se deve criar unidades de preservação a não ser se acompanhadas de uma pessoa que saiba gerir isso. Para gerir os riscos o geógrafo tem que conhecer o máximo possível o ambiente físico bem como a dinâmica do local que pretende gerir. Conhecer a intensidade do processo e o retorno que vai gerar, assim como a vulnerabilidade da população e a atividade das ações que o geógrafo desenvolve em uma área de preservação".

A pesquisadora Yvete Veyre com a colaboração do professor André Augusto Rodrigues Salgado, finalizou a Conferência de Abertura reafirmando que a Geografia Física é um instrumento essencial para se gerir um território. Destacou ainda que, entre os extremos da preservação total do ambiente e da degradação, existe a possibilidade de um caminho do meio, onde é possível utilizar a natureza sem degradá-la completamente e que esse caminho também é uma decisão política.


Geógrafos de destaque são homenageados

Homenageados do Simpósio

A abertura oficial do Simpósio foi cercada de grande alegria e muitos momentos de emoção.  Os Professores Francisco de Assis Veloso Filho, Iracildes Maria de Moura Fé Lima e Francisco Gomes Ribeiro Filho prestaram homenagens de agradecimento a sete renomados geógrafos.

Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro recebendo a homenagem

O homenageado especial do Simpósio foi o notável conhecedor do clima e das intervenções humanas no meio ambiente brasileiro e, um aproximador das teorias de Geografia com Filosofia, Artes, Poesia e Literatura, o Professor Doutor Honoris Causa da UFPI, Prof. Dr. da Universidade de São Paulo (USP), e atualmente membro titular da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro.

O autor destacou em suas obras a importância do aspecto metodológico da ciência e do intercambio de ideias e de experiências entre profissionais de diferentes países. Monteiro apontou como avanços marcantes o Estudo Integrado de Paisagens, o Estudo da dinâmica dos processos e a abordagens de sistemas a partir de contribuições iniciais de estudiosos: alemãs, franceses e russos incorporada pela comunidade geográfica do Brasil.

Aos 88 anos, o geógrafo e literato, Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro lançará no próximo dia 1º de julho, a partir das 19h, no Salão Poti, do Blue Tree Hotel, em Teresina, a obra "Rua da Glória". A Coletânea foi Editada pela Editora da Universidade Federal do Piauí (EDUFPI) e é composta por quatro volumes referentes às quatro gerações contidas entre 1850-1950 de uma família piauiense.Em cada uma das etapas do tronco familiar: bisavós (Rumo à Cidade Nascente); avós (As Armas e as Máquinas); pais (No Tempo dos Revoltosos) e individual (O Tamanho de Uma Esperança) estão entrelaçadas a história e a formação social do Piauí.

"Agradeço a gentileza que a Universidade da minha terra tem me prestado apesar de ter saído daqui com 18 anos, mas na verdade, eu saí do Piauí, mas o Piauí nunca saiu do meu coração", fala agradecido o professor Carlos Augusto.

 

Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro e as primas Irene Rego e Vilma Lobo

A professora Iracilde Maria de Moura Fé Lima homenageou o Professor Marcos José Nogueira de Souza. Geógrafo que contribuiu com muita competência para os estudos ambientais que compõe os domínios naturais do litoral, das planícies, dos tabuleiros costeiros interiores, das serras úmidas, dos planaltos sedimentares e dos sertões, tendo o nordeste brasileiro, mais especificamente, os estados do Ceará e Piauí seu maior laboratório de pesquisa.

Profa. Iracilde Maria de Moura Fé Lima e Prof. Marcos José Nogueira de Souza durante homenagem

Os geógrafos falecidos, Professor Agostinho Paula Brito Cavalcanti, Professor João Gabriel Batista, professor José Ferreira Mota Junior e Professor Luciano Ferreira Rodrigues, também foram homenageados.

Confira mais fotos do evento:

Fim do conteúdo da página