Você sabe quais os livros mais lidos nos presídios federais do Brasil? Crime e Castigo, de Dostoievski, seguido de e Incidente em Antares (Érico Veríssimo), Sagarana, Grande Sertão: Veredas (ambos de Guimarães Rosa) e Dom Casmurro (Machado de Assis) são as obras mais lidas entre os detentos. Pensando nisso, o governo federal em parceria com o Ministério da Justiça está transformando a leitura nos presídios em uma extensão da produção de trabalho intelectual com a remição de pena por dias de estudo.
O projeto de remição de penas pela leitura, do Ministério da Justiça foi criado em 2012 e ao termino de cada livro há uma roda de discussão com os detentos, na qual eles podem expressar suas opiniões sobre a obra. Pela portaria em vigor a cada livro lido subtraem-se quatro dias da pena.
O organizador do SaLiPI, Luís Romero comenta a iniciativa da Justiça do Piauí no incentivo a leitura dos presidiários. " Os presidios estão precisando de livros e a iniciativa da justiça local em receber doações de livros é um grande momento no SaLipi, pois esse é um raro momento que deve ser reconhecido inclusive pela imprensa, divulgando essa iniciativa para que as pessoas se conscientizem e possam contrubuir com esse projeto".
Crime e Castigo é um romance do escritor russo Fiódor Dostoiévski publicado em 1866. Narra a história de Rodion Românovitch Raskólnikov, um jovem estudante que comete um assassinato e se vê perseguido por sua incapacidade de continuar sua vida após o delito.
Em Incidente em Antares, Erico Verissimo faz uma sátira política contundente e hilariante que, mesmo lançada em 1971, em plena ditadura militar, não teve receio de abordar temas como tortura, corrupção e mandonismo.