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Fonaprace: palestra trata da importância das ações afirmativas

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

O Secretário Nacional das Ações Afirmativas da Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR/PR), professor Ronaldo Crispim, participou hoje (07) da Reunião Regional Nordeste do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace/Nordeste) e ministrou a palestra "A importância das ações afirmativas e as suas relações com a assistência estudantil".

Secretário Nacional das Ações Afirmativas da SEPPIR/PR, professor Ronaldo Crispim

O secretário declarou que as ações afirmativas mudaram a cara do país. "Elas conseguiram qualificar as chamadas políticas universais, permitindo que alguns índices de desigualdades sociais recentes fossem modificados. Por exemplo: na década de 90, os negros eram apenas 3% nas universidades, hoje chega a 26%, então é um aumento de 233% num período de 10 anos."

Além dos avanços, a palestra abordou também as ações necessárias para o fortalecimento da política. "O financiamento especial já existe para indígenas e quilombolas, mas o universo ainda é muito restrito, a maioria não tem assegurada a bolsa mínima de permanência. É preciso ações específicas de ações afirmativas, como espaços de convivência de grupos, políticas de discussão, de mudanças curriculares, como a implantação da Lei 10.739 que torna obrigatório o estudo da cultura afro-brasileira, não para os negros, mas para que todos saibam que não se trata de diferença de cor de pele, mas de uma construção histórica."

Segundo o secretário, ainda existe um estranhamento quanto as vestimentas dos indígenas, por exemplo, e o não conhecimento da língua é um empecilho para a inclusão. "Eles já trazem muito conhecimento, então você desconsiderar a experiência prática deles no processo pedagógico gera problemas de relação, de socialização e de aprendizagem. É o conjunto de ações afirmativas que é necessário ser feito para que a gente melhore esse ambiente e permita uma maior diversidade de fato, não só de presença, mas de uma troca de saberes, de relações culturais que a universidade só tem a ganhar com isso."

O Fonaprace/Nordeste segue até amanhã (08) com a discussão de temas da assistência estudantil, lei de cotas, sistema Enem/Sisu e impacto sobre a política estudantil.

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