Com o intuito de estimular o desenvolvimento de projetos científicos entre os estudantes de graduação, o Núcleo de Pesquisa em Jornalismo e Comunicação (NUJOC) criou o prêmio Jornalista David Moreira Caldas de Estímulo à Memória da Mídia. Em sua primeira edição, o prêmio contemplará trabalhos que tenham ligações com a memória dos Meios de Comunicação no Nordeste, assim como eventuais relações com outros campos do conhecimento, tais como História, Letras, Educação, dentre outros.
O prêmio leva o nome do jornalista e político piauiense, conhecido nacionalmente como O Profeta da Repúbica, pelas inestimáveis contribuições deste para a formação da imprensa piauiense. Estarão concorrendo ao prêmio todos os alunos inscritos no II Encontro Nordeste de História da Mídia, os quais deverão ter um orientador que esteja devidamente identificado no trabalho. Automaticamente, também estarão participando da seleção os trabalhos escolhidos para os grupos temáticos do encontro nacional, sendo eles: História do Jornalismo, da Publicidade e da Comunicação Institucional, da Mídia Digital e Impressa, Sonora, Audiovisual e Visual, além da História da Mídia Alternativa e Historiografia da Mídia.
O resultado da premiação será divulgado durante o evento de encerramento do II Encontro Nordeste de História da Mídia , que ocorrerá nos dias 20 e 21 de junho, na Universidade Federal do Piauí. Os pesquisadores finalistas receberão certificados e os trabalhos classificados nos três primeiros lugares serão contemplados com troféus, bem como com o direito de divulgar a logomarca do prêmio em seus trabalhos concorrentes.
Sobre o homenageado
David Moreira Caldas nasceu em 22 de maio de 1836, na fazenda Morrinho, próximo a Barras, interior do Piauí. Em 1859 cria o jornal científico e literário "O Arrebol", porém sua parceria com Deolindo Moura, em 1863, marca o ingresso definitivo do jornalista na imprensa piauiense. Inicialmente como co-redator do jornal "Liga e Progresso" e posteriormente, em 1865, como colaborador no jornal "A Imprensa". Este, por sua vez, foi o periódico de maior vida útil do período, publicado regularmente de 1865 a 1889.
O "Amigo do Povo" e "Ointenta e Nove", seus dois jornais de maior visibilidade, continham críticas ao Governo local, assim como a monarquia, seus vícios e a prática da corrupção. Defensor do abolição e do acesso à educação para todas as classes sociais, David Caldas incorporou na prática jornalística um caráter social para além do jornalismo político panfletário, comum aos demais jornais de sua época.
O jornalista fundou ainda os jornais "O Papiro", "Ferro em Brasa" e "O Bom Menino" além de ter deixado alguns trabalhos de ordem científica, pedagógica e literária. Mais informações sobre o prêmio David Moreira Caldas na página eletrônica do evento http://www.historiadamidia2012.com.br/premio/index.html.