
O Campus Senador Helvídio Nunes de Barros, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Picos, vem desenvolvendo ao longo do ano o projeto de extensão “IDADE NÃO DEFINE: Promoção de conscientização sobre preconceito de idade contra pessoas idosas com alunos de escolas públicas”, iniciativa voltada à educação, ao diálogo intergeracional e ao combate ao idadismo - forma de discriminação baseada na idade.
O projeto nasce da necessidade de discutir o envelhecimento e de enfrentar estereótipos que afetam diretamente a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas idosas. Com a expectativa de que o preconceito de idade cresça paralelamente ao envelhecimento populacional, ações educativas tornam-se essenciais para mudar percepções e práticas sociais.

Professora Cinara Maria Feitosa Beleza
A coordenação é da professora Cinara Maria Feitosa Beleza, do curso de Enfermagem da UFPI, que conta que a ideia surgiu de forma inesperada. “A ideia do projeto Idade Não Define surgiu, curiosamente, de uma conversa despretensiosa por telefone com a professora Fabiana Ferraz, da UFCG (Universidade Federal de Campina Grande). Nós falávamos sobre nossos trabalhos, o que estudávamos naquele momento, nossas inquietações e sobre como o tema do preconceito de idade atravessava tantas relações sociais. É curioso, porque essa conversa aconteceu anos atrás, mas a vontade de transformar aquela ideia em um projeto concreto nunca saiu do lugar”, relata.
A docente também destaca o caráter transformador da iniciativa. “O Idade Não Define tem como objetivo conscientizar estudantes de escolas públicas sobre o preconceito de idade contra pessoas idosas, promover debates e construir um olhar crítico sobre o idadismo, um tema tão atual e necessário. Todas as atividades foram pensadas para estimular reflexões e desconstruir ideias preconcebidas”, enfatiza.
Segundo Cinara, o primeiro ano de atuação tornou evidente a importância do tema e a receptividade dos jovens. Por isso, o projeto será ampliado em 2025. “Ao longo desse ano de trabalho, senti a necessidade de ampliar o alcance do projeto. No próximo ano, além das escolas, pretendemos levar o debate para outros espaços comunitários, de forma a fortalecer ainda mais o diálogo intergeracional e sensibilizar diferentes públicos sobre a importância de combater o idadismo”, completa.

Estudante Vitória Rodrigues
A estudante Vitória Rodrigues, participante do projeto, conta que seu interesse pela temática tem raízes pessoais. “Minha motivação surgiu de uma trajetória marcada pela valorização do envelhecimento. Sempre tive grande proximidade com pessoas idosas e reconheço nelas uma contribuição profunda para a formação cidadã. Ao ingressar na Universidade, busquei dar continuidade a esse vínculo, e encontrei no ‘Idade Não Define’ um espaço perfeito para unir afeto, aprendizado e compromisso social”, afirma.

Estudante Sara Ramila Rodrigues de Melo
Para Sara Ramila Rodrigues de Melo, também participante do projeto, a iniciativa tem um impacto profundo. “Participar deste projeto reforçou para mim o quanto ele é importante, especialmente por abordar uma faixa etária vulnerável e que, inevitavelmente, todos nós alcançaremos um dia. O projeto não apenas promove conhecimento, mas também estimula empatia e responsabilidade social”, destaca.
Participam do projeto como bolsistas ou voluntários os estudantes: Ana Beatriz Castro Damasceno, Diego Jose de Oliveira, Eduarda da Silva Carvalho, Isabel Cynthia de Carvalho, Jamilly Lima Silva, Jose Micael Bispo Rodrigues, Leticia Oliveira Queiroz, Maria Fernanda Fernandes Carvalho, Maria Vitoria Rodrigues Santos, Nayron Micael Da Silva Santos, Sara Ramila Rodrigues de Melo e Wyllyana Santos Borges de Morais.
A equipe atua no planejamento e na realização das ações educativas, que têm promovido mudanças de percepção entre adolescentes e fortalecido o combate ao idadismo na comunidade.
Acompanhe o projeto pelo Instagram: @idade_nao_define
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