Curso no Campus de Picos contou com participação da primeira sommelière de mel do Brasil
A caracterização de méis é uma etapa fundamental para agregar valor à cadeia apícola, pois revela informações sobre a origem botânica, as qualidades gustativas e as características sensoriais do produto. Com esse foco, o Campus Senador Helvídio Nunes de Barros (CSHNB), em Picos, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), promoveu um curso inédito de Análise de Mel, que resultou na criação do primeiro grupo de provadores especializados do Estado.
Curso abordou a análise sensorial de mel
A iniciativa foi organizada pelo Grupo de Estudos sobre Abelhas do Semiárido Piauiense (GEASPI) em parceria com Teresa Raquel Bastos, primeira sommelière de mel do Brasil, formada pela Honey Sensory Education, em Bolonha (Itália). As atividades reuniram aulas teóricas e práticas, ministradas pela professora Juliana Bendini, coordenadora do GEASPI, e por sua orientanda, a estudante de Nutrição Ana Lívia Campos. A parte de Análise Sensorial foi conduzida por Teresa Bastos, que passou a integrar o grupo de estudos.
Na foto, a estudante de Nutrição (CSHNB/UFPI), Ana Lívia Campos
O curso abordou, de forma integrada, as áreas de físico-química, melissopalinologia e análise sensorial, a partir de 15 amostras de mel de aroeira oriundas de diferentes regiões do Piauí. O objetivo foi capacitar estudantes e profissionais para compreender, avaliar e valorizar a qualidade dos méis produzidos no estado, reconhecido como o maior exportador do país e detentor de uma flora diversificada.
Fundado em 2015 e registrado no diretório de grupos de pesquisa do CNPq, o GEASPI reúne discentes e egressos de Nutrição, Biologia, Educação do Campo e do Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente. A atividade também contou com a participação de profissionais atuantes em empresas de referência no setor, como Bee Mel, Casa Apis e Mel Wenzel, fortalecendo a aproximação entre academia e mercado.
Teresa Raquel Bastos
Segundo os organizadores, a iniciativa contribui para elevar a qualidade e o valor do mel piauiense, ampliando as oportunidades de inserção nos mercados nacional e internacional. “Ao caracterizar os méis do Piauí, estimulamos a preservação das espécies botânicas, mostramos a diversidade de sabores e revelamos o potencial de cada florada, permitindo que nossos méis conquistem mercados de excelência e levem o nome do estado ainda mais longe”, destaca Teresa Raquel Bastos.
Na foto, a professora Juliana Bendini ao lado de integrantes do grupo de pesquisa
O grupo planeja dar continuidade às pesquisas e treinamentos, consolidando-se como referência na caracterização das floradas nativas e no desenvolvimento de soluções para o setor. “Estamos formando uma rede de profissionais altamente qualificados, capazes de transformar conhecimento científico em resultados concretos para apicultores e para o mercado. Isso representa mais competitividade, renda e reconhecimento para o mel piauiense no Brasil e no exterior”, reforça a professora Juliana Bendini.
Acesse também o instagram @geaspi_ufpi.
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