Laboratório de Produção Textual, em Floriano, comemora 15 anos incentivando leitura e escrita e fomentando protagonismo juvenil

Coordenador Ribamar Jr. e alunos do LPT durante a Mostra Ciência na Voz da Juventude, em 2024

O Laboratório Experimental de Ensino e Pesquisa em Leitura e Produção de Textos (LPT), do Colégio Técnico de Floriano (CTF/UFPI), completa nesta quarta-feira (18/6) 15 anos de atividades. Espaço destinado à promoção do protagonismo estudantil, o LPT busca aperfeiçoar habilidades de leitura e escrita e atende estudantes de ensino médio do CTF. As atividades envolvem a participação de alunos do ensino médio, da graduação, e da pós na realização de ações de ensino, pesquisa, extensão e inovação. A coordenação é do Prof. de Língua Portuguesa do CTF, Ribamar Junior.

Coordenador do LPT, alunos colaboradores e estudantes em aula passeio durante o Salipi 2025

O Laboratório se destaca por oferecer inúmeras atividades como cursos online e presencial, palestras e workshops, formação continuada de docentes em Língua Portuguesa, apoio ao desenvolvimento de habilidades acadêmicas, além de manter o Canal no YouTube (@tvRadiotec) para transmissão de programas como o “Ponto e Vírgula” e “Cultura em Minuto”. Com acervo de mais de 4 mil obras, o LPT armazena informações e produções acadêmicas em um repositório em construção desde 2024, o LPTeca, com a proposta de dar visibilidade à produção acadêmica realizada na educação tecnológica.

Segundo o coordenador do LPT, Prof. Ribamar Jr., os projetos que mais chamam à atenção dos alunos são o Polêmicas em Debate, atividade em que há discussão de temas da realidade para desenvolvimento da argumentatividade e confronto de ideias; a Revista Cais Cultural, publicação quadrimestral que apresenta atividades e discussões sobre a esfera cultural em Floriano e região para reforço da aprendizagem dos gêneros editorial reportagem, entrevista e dicas; e o Projeto LPT Acadêmico, iniciativa que promove aprofundamento sobre as especificidades da escrita acadêmica por meio cursos, palestras, seminários e workshops.

Prof. Ribamar Júnior - coordenador do LPT/UFPI

“Depois que os alunos iniciam as atividades no Laboratório, eles têm um outro olhar sobre o mundo, desenvolvem oralidade, argumentação, um senso crítico mais aguçado e maior consciência de classe.”, avalia o Coordenador do LPT, Prof. Ribamar Júnior. “A importância de uma iniciativa como o LPT é fazer com que o aluno, antes de tudo, se forme enquanto cidadão crítico, consciente, atuante e protagonista de sua própria história”, avalia o coordenador.

Atualmente, o LPT conta com a colaboração de cinco professores do Colégio Técnico de Floriano, que gerenciam e auxiliam as atividades; seis estudantes de graduação e 17 do ensino médio e técnico, que atuam colaboradores. São mantidas 16 bolsas com fomento do CNPq, Fapepi e recursos da própria escola. 

Coordenador Ribamar Jr. com estudante premiado em 3º lugar Menção Honrosa no XXI SIC-EM, em 2024

Como resultado da intensa participação nas atividades, os alunos avançam nas conquistas pessoais, e o projeto LPT cresce em popularidade e destaque. Trabalhos apresentados pelos estudantes já conquistaram premiações durante o Seminário de Iniciação Científica e o Seminário de Extensão e Cultura, durante o SIUFPI 2024. Fora do estado, também há reconhecimento pelos trabalhos.

Professor Ribamar e bolsistas do LPT durante o XII Simpósio Internacional de Gêneros Textuais na PUC-Minas em 2024

O reconhecimento é notório “quando os alunos participam dos eventos, quando a gente viaja para apresentar trabalhos, como foi no ano passado, no XII Simpósio Internacional de Gêneros Textuais, em Minas Gerais, em que eles foram extremamente tietados. Inclusive, a Pró-Reitoria de Extensão da PUCMinas nos convidou para conhecer o espaço deles, com quem a gente tem parceria, inclusive. A maior premiação que a gente tem é esse reconhecimento do trabalho que é feito dentro do laboratório e em que o aluno é protagonista”, afirma o Prof. Ribamar Júnior.

Estudante Rawana Soares (à esquerda) durante mediação de minicurso no Seminário Letramentos e Tecnologias Digitais no Ensino Médio

Rawana Soares, de 24 anos, iniciou sua jornada no Projeto em 2016, quando começou a atuar como bolsista de Ensino Médio do CNPq e teve oportunidade de participar do Projeto Tv RadioTec como repórter, cobrindo atividades de ensino técnico e superior da cidade de Floriano e também como apresentadora de programa de debates. Já na graduação em Enfermagem no CAFS, a partir de 2020, passou a integrar o LPT Acadêmico, onde segue como bolsista PIBIC. Teve ainda oportunidade de compartilhar as experiências no Projeto em eventos dentro e fora da UFPI.

Apresentação de trabalho no XI Simpósio Internacional de Gêneros Textuais/Discursivos (SIGET), na Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

“Ambos os projetos contribuíram e contribuem diariamente para minha formação acadêmica. A TV Radiotec me possibilitou melhorar minhas habilidades de leitura, debate, comunicação e foi onde dei meus primeiros passos na escrita acadêmica. Já o LPT Acadêmico me possibilitou desenvolver a escrita de diversos gêneros acadêmicos, trabalhar em equipe, atuar como professora/tutora nos cursos desenvolvidos e atuar como mediadora nos eventos desenvolvidos pelo projeto.’, avalia Rawana Soares. “Todas as experiências me possibilitaram executar as atividades solicitadas na graduação com mais facilidade, uma vez que me possibilitou o desenvolvimento da escrita com frequência”, completa.

Estudante Jarod Cavalcante durante gravação do Programa LPTECA, parte da programação da TV RádioTec

O acadêmico de Ciências de Computação Jarod Cavalcante atuou no Projeto como bolsista PIBIC e CNPq de 2017 a 2020, iniciando como apresentador na TV Radio Tec em um programa de entrevistas e depois como editor. Teve oportunidade de guiar novos estudantes que foram se agregando ao Projeto e ajudá-lo a construir novas atrações do Canal.

Estudante Jarod Cavalcante atuando como apresentador do RadioTec Entrevista

“Sobre minha experiência, eu só tenho coisas positivas a dizer. Eu aprendi a me socializar mais e perdi mais o ‘medo’ de falar em público. Mas o mais importante, a meu ver, foi que desenvolvi meu senso crítico”, avalia Jarod Cavalcante, de 23 anos. “Outra coisa é que as viagens para apresentar o projeto em outras instituições fazem com que a gente conheça outras formas de pensar, outras pessoas, coisas novas. E hoje eu sou extremamente grato ao laboratório. Eu sei que fez muita diferença na minha vida e, principalmente, no meu desenvolvimento como ser humano”, finaliza o estudante.

Em homenagem aos 15 anos do LPT, o Laboratório promove nesta quarta (18), às 19h, um arraiá especial para celebrar o sucesso das atividades e eventos realizados.

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