Departamento de Biologia da UFPI recepciona Oficina de Planejamento do 3º ciclo do PAN Herpetofauna do Nordeste

Evento ocorre no Auditório do curso de Biologia

Na manhã desta segunda-feira, 9 de junho, iniciou-se a Oficina de Planejamento do 3º ciclo do Plano de Ação Nacional para Conservação da Herpetofauna Ameaçada do Nordeste. O evento ocorre durante os dias 9 a 13 junho, no auditório do curso de Biologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Possui como objetivo garantir a conservação coordenada e eficaz das espécies ameaçadas e seus habitats. A oficina reúne a participação de pesquisadores de todos os estados do Nordeste, servidores de órgãos ambientais e outros setores governamentais, representantes do terceiro setor, além da comunidade interna e externa da UFPI.

Mesa de abertura

O Plano de Ação Nacional (PAN) está iniciando seu terceiro ciclo quinquenal, abrangendo os quatro biomas da região Nordeste – Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia – e contemplando, aproximadamente, 70 espécies da herpetofauna ameaçadas de extinção. As ações previstas ainda podem beneficiar, direta ou indiretamente, outras espécies. A Oficina de Planejamento é a principal e maior oficina do PAN, os objetivos e as ações são construídos de maneira participativa com a sociedade e em que o Grupo de Assessoramento Técnico (GAT) é definido. Esta é uma oportunidade ímpar para aqueles que desejam contribuir ativamente para uma causa ambiental significativa, proporcionando uma imersão no cenário acadêmico e científico da conservação.

Coordenadora da COSAM/UFPI, Mayra Fernandes

A coordenadora de Sustentabilidade Ambiental (COSAM) da UFPI, Mayra Fernandes, explica que durante as reuniões de pré-constituição de uma futura comissão de preservação, a temática da Herpetofauna é constantemente levantada. “Chamamos a atenção para a importância de olharmos para os animais silvestres, com o mesmo olhar que estamos empenhados aos animais comunitários. Acredito que cada um em seu nicho de atuação, pode desenvolver pesquisas e diálogos sobre a conservação e o equilíbrio desse sistema em que a gente se inseriu, bagunçou e agora estamos tentando retomar o eixo e trazer um modelo real de convivência harmoniosa, pelo menos o máximo possível. Então, essa coordenadoria recém-criada está à disposição não só para dialogar, mas para a gente entender e equalizar as diversas nuances que provêm a proporcionar uma convivência harmoniosa na Universidade”, pontua.

Professor Davi Pantoja

O professor da comissão organizadora, Davi Pantoja, explica que a oficina possui caráter técnico, para o trabalho de construção do planejamento de preservação. “O evento é focado em especialistas em répteis e anfíbios, principalmente da academia, dos órgãos ambientais em todos os estados do Nordeste, das secretarias estaduais de meio-ambiente e do terceiro setor envolvido com o meio-ambiente, ONGs, etc. Para os estudantes é um ambiente muito rico, que reúne profissionais de alta qualificação, com um foco muito grande nos objetivos do trabalho, então eles têm oportunidade de participar e presenciar um espaço real de trabalho dos profissionais do meio ambiente”, afirma.

Estudante de Biologia, Isabel Alves

Para a estudante de Biologia, Isabel Alves, o evento permite que os alunos conheçam e aprendam de forma imersiva sobre a preservação da herpetofauna. “Essa é uma oportunidade única, já que esse evento é um evento fechado para convidados, de conhecer as pessoas que estão à frente desse plano e ter a oportunidade de também ouvir quais são os planos para os próximos 5 anos. É uma forma de saber exatamente como o processo ocorre, além de poder conversar com esses profissionais, saber o que eles estão pesquisando e o que eles acham da preservação para o futuro”, relata.

Comissão organizadora do evento

A oficina é realizada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN), vinculado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Confira a programação completa do evento.