Reforçando seu apoio ao empreendedorismo e inovação, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) aprovou a criação da sua Política de Incubação de Empresas. A medida foi deliberada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPEX) e oficializada por meio da Resolução CEPEX/UFPI - n° 831/2025, de 29 de maio de 2025. Com as novas regras, são estabelecidas diretrizes claras para a criação, estrutura e operação de incubadoras.
As incubadoras de empresas funcionam como espaços integrados e multidisciplinares voltados ao apoio de novos empreendedores, oferecendo estrutura física, suporte técnico e gestão qualificada para auxiliar no desenvolvimento de ideias com potencial inovador. Podem ser classificadas em diferentes tipos, como aquelas voltadas à ciência, tecnologia, setores econômicos tradicionais, iniciativas de impacto social, projetos de economia solidária ou híbrido.
Com a nova legislação vigente, a Universidade institui um modelo estruturado e mais transparente para o funcionamento das incubadoras, que passam a contar com uma governança formal composta por Comitê Gestor, Conselho Deliberativo e Gerência Executiva. Incubadoras já em atividade como a Incubadora de Empresas do Agronegócio (INEAGRO) e a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Federal do Piauí (INBATE/UFPI) deverão se adequar às novas normas.
Ademais, as atuais normas vigentes também regulamentam a propriedade intelectual, protegendo as produções técnicas e científicas envolvidas ao longo desse processo, e permitem que startups com fomento externo sejam incubadas sem edital público, desde que sigam o regimento interno. Vinculadas diretamente à Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação, as novas políticas preveem que a PROPESQI é responsável por garantir recursos humanos e materiais necessários, enquanto a Fundação de Apoio da UFPI pode gerir os recursos financeiros
De acordo com o professor Rodrigo Veras, pró-reitor de Pesquisa e Inovação (PROPESQI), o momento representa um marco importante para a Universidade e suas incubadoras. “Estamos criando as condições institucionais necessárias para transformar conhecimento em inovação e impacto social. Essa política fortalece a conexão entre pesquisa, empreendedorismo e desenvolvimento regional, posicionando a UFPI como protagonista no ecossistema de inovação do Piauí”, pontuou.
A política também detalha as etapas do processo de incubação, da pré-incubação à pós-incubação, e prevê de diferentes formas de vínculo com as empresas, sejam estas residentes ou associadas. Com critérios definidos para seleção e acompanhamento dos projetos, o modelo busca garantir maior eficácia no uso dos recursos e maior impacto das ações de empreendedorismo na Universidade e na sociedade. Além disso, as incubadoras passam a oferecer apoio técnico, capacitações, mentorias, redes de contato com parceiros estratégicos, acesso a redes de financiamento e parcerias, fortalecendo a sustentabilidade dos empreendimentos. Dessa forma, a resolução garante um ecossistema de apoio completo em todas as fases, contribuindo tanto de forma econômica como na geração de inovação dentro da instituição.
Para Elayne Figueredo, Gerente de Inovação Tecnológica da PROPESQI, a nova política ajuda a consolidar um ambiente mais propício ao empreendedorismo dentro do ambiente acadêmico. "Essa política estabelece um modelo transparente e seguro para a atuação das incubadoras na UFPI, e irá fortalecer a cultura empreendedora ao tempo que promoverá o surgimento de startups que poderão transformar realidades locais. A atuação integrada da PROPESQI com os centros e campi será essencial para o sucesso desse ecossistema.”, elucidou.
Vale destacar que a Política de Incubação de Empresas oferece um ambiente estruturado para o desenvolvimento de ideias inovadoras, beneficiando estudantes, pesquisadores, empreendedores locais e startups, e fortalecendo a economia regional com novos negócios e oportunidades de trabalho. Por meio da Política de Incubação de Empresas, a UFPI reafirma seu compromisso com o fomento à inovação e ao empreendedorismo, fortalecendo um ambiente acadêmico dinâmico, inclusivo e preparado para impulsionar o desenvolvimento regional sustentável e a geração de conhecimento aplicado.
Confira a resolução na íntegra aqui.