Conecta PRAD Mulher discute combate à violência de gênero na UFPI

Conecta PRAD aconteceu no Auditório Afonso Sena

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) realizou, nesta sexta-feira (21), no auditório Afonso Sena, localizado no Centro de Ciências da Natureza (CCN), a palestra "Violência contra a mulher e a importunação sexual". A atividade faz parte do Conecta PRAD Mulher, iniciativa da Pró-Reitoria de Administração (PRAD) para promover conhecimento e conscientização entre trabalhadoras e trabalhadores da Instituição.

Reitora Nadir Nogueira durante seu pronunciamento

Na abertura do evento, a reitora Nadir Nogueira destacou a importância da discussão permanente do tema na comunidade acadêmica. "É preciso que esse tema esteja presente no nosso cotidiano, para refletirmos e incorporarmos essa pauta no ambiente acadêmico, seja em sala de aula ou no trabalho administrativo. Devemos estar sempre atentos a essa questão, que ganha destaque em março devido ao Dia Internacional da Mulher. A UFPI tem o dever de discutir essa realidade e ajudar a desconstruir essa cultura dentro do espaço institucional", afirmou.

Pró-reitora de Administração, Larissa Mendes

A pró-reitora de Administração, Larissa Mendes, reforçou a iniciativa da PRAD em criar um ambiente institucional mais consciente e acolhedor. "Buscamos conscientizar e treinar sobre a postura adequada perante as mulheres. Acreditamos na importância de educar mentes para identificar e agir diante de situações inadequadas. Também realizamos eventos para que as mulheres possam relaxar e cuidar da saúde mental. Muitas enfrentam jornada tripla entre trabalho e família, e nosso objetivo é oferecer um ambiente acolhedor", comenta.

Delegada Lucivânia Carvalho Vidal

A palestra foi ministrada pela delegada Lucivânia Carvalho Vidal, que compartilhou sua experiência no enfrentamento à violência contra a mulher. "Muitas vezes, a mulher é vítima de importunação sexual ou estupro sem perceber. Um evento como este tem um papel pedagógico e educativo, mostrando à sociedade como pode ajudar vítimas de violência sexual. O primeiro passo é garantir a vida e a saúde da vítima. Se houver risco, é essencial buscar atendimento médico imediatamente", explicou a delegada.

Após garantir a segurança da vítima, a denúncia é fundamental. "A mulher deve procurar a delegacia, a central de flagrantes e exigir seus direitos. Muitas vítimas hesitam em denunciar por medo, culpa ou vergonha, mas a maioria dos agressores não comete esse crime apenas uma vez. A denúncia pode impedir que novas vítimas surjam. Mesmo sem conhecer o agressor, qualquer informação já é um ponto de partida para uma investigação. O empoderamento está em impedir que o agressor continue violentando outras mulheres. Não é fácil, mas é necessário", conclui.

O evento também contou com a presença da pró-reitora de Extensão e Cultura, Waleska Albuquerque; do superintendente de Recursos Humanos, Alexandre Rabelo; e do diretor administrativo da PRAD, Hugo Marinni.