A Universidade Federal do Piauí (UFPI) intensifica ações para tornar a Universidade um espaço mais plural e acolhedor para a comunidade LGBTQIAPN+ (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais, Trangêneros e Travestis; Queer, Intersexo, Assexuais, Pansexual e demais orientações sexuais e de identidade de gênero.
Uma reunião na Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários, realizada em 29 de janeiro, Dia da Visibilidade Trans, estabeleceu como primeira medida oferecer um curso de formação para a comunidade acadêmica com o tema “Aqui tem lugar para LGBTQIA+”. A formação é resultado de parceria estabelecida com a Diretoria de Promoção da Cidadania LGBTQIA+ do Governo do Estado.
A partir da esquerda, o Pró-reitor da PRAEC, Emídio Matos; o Coordenador da COIDEIA/PRAEC, Fábio Passos; e a Diretora de Promoção da Cidadania LGBTQIA+ do Piauí, Joseane Borges.
A reunião na PRAEC contou com a presença do Pró-reitor de Assuntos Estudantis e Comunitários, Emídio Matos; do Coordenador da Coordenadoria de Inclusão, Diversidade, Equidade e Acessibilidade (COIDEIA/PRAEC), Fábio Passos; e a Diretora de Promoção da Cidadania LGBTQIA+ do Governo do Piauí, Joseane Borges.
A proposta das ações é reforçar o acolhimento, garantia de direitos e liberdade para o exercício das diversas orientações de sexualidade e identidade de gênero da comunidade ufpiana, explica o Pró-Reitor Emídio Matos.
“A estrutura da nossa sociedade costuma ser patriarcal, racista, heteronormativa e isso está refletido também nas universidades brasileiras. Portanto, compreendemos que é necessário (e urgente) promover ações que levem ao autoconhecimento e, concomitantemente, promover transformações nessas estruturas da sociedade”, avalia o Pró-Reitor.
Emídio Matos acrescenta que a Lei de Cotas, de 2012, que passou a reservar vagas nas universidades a pessoas de diferentes grupos sociais e raciais, mudou o perfil da comunidade acadêmica, tornando-o mais plural e diverso, mas que as estruturas das instituições não avançaram o suficiente para promover uma inclusão genuína desse público.
“A reitora Nadir Nogueira, primeira mulher a assumir o cargo de Reitora nos 53 anos de UFPI, nos solicitou que apresentássemos propostas e ações para modificar essa estrutura, buscando o respeito à inclusão, à diversidade, à equidade e acessibilidade”, completou o Pró-Reitor.
Fábio Passos, Coordenador de Inclusão, Diversidade, Equidade e Acessibilidade da UFPI, explica que as ações realizadas na Universidade têm o intuito de promover conscientização da comunidade acadêmica, fortalecendo o entendimento de que a Universidade pertence a todas as pessoas, incluindo a comunidade LGBTQIAPN+, com incentivo ao respeito e ao acolhimento.
“O principal cuidado nas ações que estamos implementando para alcançar pessoas trans da comunidade da UFPI é sermos assertivos no combate de qualquer tipo de discriminação que pode levar que aconteça, no âmbito de nossa Instituição, diversos tipo de violência contra a comunidade LGBTQIA+, inclusive violência física”, finalizou Passos.