Vencedores do Desafio InovaUFPI: Projeto melhora a qualidade da água a partir de sementes de moringa

Projeto utiliza cápsulas de sementes de moringa com intuito de purificar água

O projeto “Purificar”, idealizado pelo professor Ricardo Loyola, do Departamento de Zootecnia da UFPI, e pela estudante de Agronomia Joana Floribela Lima da Silva, trouxe uma proposta inovadora que combina ciência, sustentabilidade e impacto social. A ideia é simples e revolucionária: cápsulas feitas com pó de sementes de moringa para melhorar a qualidade da água. A iniciativa garantiu o terceiro lugar na avaliação dos jurados e o primeiro lugar na escolha do público durante o evento InovaUFPI 2024.

Professor Ricardo Loyola

“A semente de moringa já tem sua eficácia comprovada cientificamente no tratamento da água. A ideia é encapsular o pó dessa semente para facilitar o uso, permitindo que uma única cápsula seja capaz de tratar até cinco litros de água. Estamos empolgados com o impacto que esse produto pode trazer, especialmente em comunidades com acesso limitado à água potável”, explicou o professor Ricardo Loyola, coordenador do projeto.

O trabalho começou com a percepção de Joana sobre a qualidade do consumo de água. A estudante do 8º período de Agronomia propôs a utilização das sementes de moringa para melhorar a qualidade da água, incentivada pelo professor Ricardo. “Foi uma grande satisfação formar a equipe, trabalhar com as meninas, e ver nosso esforço reconhecido. Ficamos emocionados com o reconhecimento do público, o que reforça o apelo comercial do nosso produto”, destacou Joana.

Professor ao lado de estudantes que colaboram com o projeto

Além de Joana, a equipe é composta por Angelina Milka, Dejanira Rodrigues e outros estudantes de graduação.

Como funcionam as cápsulas de moringa?

Cada cápsula desenvolvida pela equipe é suficiente para tratar 5 litros de água. Quando inserida na água, ela atua como um purificador natural: decanta as partículas de sujeira e reduz a presença de microorganismos nocivos, tornando a água mais limpa e segura para o consumo.

A equipe iniciará os testes, com previsão de apresentar os primeiros resultados em abril de 2025. A expectativa é alta: com recursos da Fadex e o apoio da UFPI, os integrantes esperam consolidar o projeto em um produto comercial patenteado, capaz de atender não só à comunidade universitária, mas também a outras populações com dificuldade de acesso à água potável.

Com o respaldo científico, a dedicação de uma equipe engajada e o reconhecimento da comunidade acadêmica, o projeto Purificar avança como um exemplo de como a inovação pode ser uma ferramenta poderosa para enfrentar problemas reais.