Campus de Teresina da UFPI recebeu série de oficinas informativas para inclusão de pessoas com deficiência visual
O Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP), em parceria com o Núcleo de Acessibilidade (NAU) vinculado à Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários da Universidade Federal do Piauí (PRAEC/UFPI), promoveu nesta sexta-feira, 29 de novembro, das 8h às 12h, três oficinas formativas em celebração aos 26 anos de atuação do CAP na promoção da inclusão de pessoas com deficiência visual no Estado do Piauí.
As oficinas abordaram os temas Orientação e Mobilidade, Braille e Soroban, e foram conduzidas pelos professores do CAP Raquel Mendes, Aristóteles Meneses, Rosimeire Soares e Solene Viana, respectivamente. Os encontros ocorreram na Biblioteca Central da UFPI e no Centro de Ciências da Educação (CCE/UFPI), oferecendo um ambiente ideal para o aprendizado e o desenvolvimento de habilidades essenciais à autonomia e à inclusão de pessoas com deficiência visual.
Professora Raquel Mendes
A professora Raquel Mendes destacou a importância da oficina de Orientação e Mobilidade para promover a autonomia e segurança das pessoas com deficiência visual, ressaltando a relevância da inclusão social e da acessibilidade no cotidiano. “Essa oficina é uma oportunidade de vivenciar a educação inclusiva na prática. Além de divulgar iniciativas voltadas para alunos com deficiência, buscamos sensibilizar a todos. Não basta saber, é preciso vivenciar. Por isso, alunos sem deficiência também participam com vendas nos olhos, para se colocarem no lugar do outro”, afirmou.
Professor Aristóteles Meneses
Na oficina de Braille, o professor Aristóteles Meneses destacou o papel do CAP na promoção da inclusão. “Apesar dos 26 anos de atuação, ainda há pouco conhecimento sobre a instituição. Esta oficina visa divulgar o CAP, incentivar a comunidade a conhecer nossos cursos e promover a inclusão, formando multiplicadores”, explicou. Ele também ressaltou a importância do ensino de Braille, alinhado a uma abordagem individualizada, para o desenvolvimento dos alunos. “Compreender as habilidades e dificuldades de cada aluno é essencial para garantir o acesso ao conteúdo de forma eficaz. O CAP se dedica a oferecer suporte personalizado, ajudando cada aluno a alcançar seu potencial”, enfatizou o professor.
Professoras Rosimeire Soares e Solene Viana
O soroban, também conhecido como ábaco, é uma ferramenta de cálculo manual composta por varas com contas móveis, permitindo a realização de operações matemáticas de forma prática e tátil. Este instrumento é fundamental para a inclusão de pessoas com deficiência visual, pois oferece uma maneira concreta de realizar cálculos de forma autônoma e precisa. Durante a oficina de Soroban, as professoras Rosimeire Soares e Solene Viana destacaram a importância do uso desse instrumento no ensino da matemática para alunos com deficiência visual. “Embora essencial, o soroban ainda não é amplamente utilizado nas escolas. Ele pode ser integrado ao ensino de matemática, sem ser uma disciplina separada. Quanto antes o aluno aprender a utilizá-lo, mais será favorecido em seu desenvolvimento educacional”, ressaltou a professora Solene, defendendo a adoção do recurso nas escolas.
A professora Rosimeire, que vivencia a deficiência visual, também considera o soroban como uma ferramenta essencial de acessibilidade no ambiente escolar. “Ele ajuda o aluno a fazer cálculos com mais agilidade, funcionando como o papel e o lápis na sala de aula. Sem ele, o aluno teria que calcular tudo mentalmente, o que nem todos conseguem fazer com precisão”, enfatizou a professora.
Com 26 anos de atuação, o CAP, localizado na Rua Desembargador Mota, S/N, no bairro Monte Castelo, em Teresina, tem se consolidado como um pilar fundamental na transformação da educação no estado, com forte compromisso com a inclusão e a independência de seus alunos. As oficinas promovidas na UFPI, em parceria com o NAU/PRAEC, representam uma oportunidade significativa para a inclusão de pessoas com deficiência visual no Piauí, destacando a importância de recursos acessíveis para o desenvolvimento educacional e a conquista da autonomia.
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