"Mulheres Iluminadas", projeto da UFPI é o único do Piauí aprovado em edital do CNPq

ML camisa rosa

Professor Marcos Lira é coordenador do projeto “Mulheres Iluminadas”

O projeto “Mulheres Iluminadas: Desvendando o Mundo da Energia Solar” foi aprovado e receberá um investimento de R$ 506 mil do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A iniciativa busca estimular meninas e mulheres a seguirem carreira na Engenharia Elétrica, com ênfase na área de energia solar. Coordenado pelo professor Marcos Lira, diretor do Centro de Tecnologia (CT) da Universidade Federal do Piauí (UFPI), o projeto visa aumentar a representatividade feminina no curso, promovendo diversidade e inclusão.

“Já existia um embrião do projeto no Centro de Tecnologia, onde algumas professoras e discentes trabalham com a perspectiva de inserir mais mulheres nos cursos de Engenharia! Porém, a iniciativa foca especificamente em alunas do curso de Engenharia Elétrica”, explica o professor Marcos.

Com duração de três anos, o projeto será implementado em três escolas de ensino médio em Teresina, buscando atrair jovens alunas para a Engenharia, especialmente a Engenharia Elétrica. A aprovação no edital do CNPq é essencial para viabilizar a proposta: “O financiamento é fundamental, principalmente para o pagamento de bolsas. Cerca de 95% do orçamento será destinado a isso: bolsas para alunas das escolas, alunas da graduação, professoras que acompanharão essas alunas e também para pós-doutorandas. Sem esse suporte financeiro, não seria possível realizar o acompanhamento necessário. Além disso, teremos R$ 40 mil para adquirir kits didáticos que serão usados nas escolas”, detalha Marcos Lira.

O “Mulheres Iluminadas” foi o único projeto do estado do Piauí aprovado no edital, uma conquista que destaca a UFPI e a região. “Foi uma surpresa muito positiva para a equipe. Sabemos da qualidade dos nossos pesquisadores e pesquisadoras, e havia outros colegas concorrendo. Ser o único projeto contemplado no Piauí reforça nosso compromisso com a igualdade de gênero”, celebra o professor.

Agora, a prioridade é organizar a execução do projeto. “O primeiro passo será realizar reuniões iniciais nas escolas para selecionar as bolsistas e professoras. Nesse momento, o foco será a sensibilização: promover capacitações, oficinas, aproximar essas alunas do ambiente universitário e também levar a universidade até elas nas escolas”, explica Marcos.

O impacto esperado vai além do curto prazo. “Nosso objetivo é atrair pelo menos 50% dessas meninas para os cursos de engenharia. Queremos causar um impacto significativo na formação dessas jovens, motivando-as a cursarem Engenharia Elétrica no Centro de Tecnologia da UFPI”, conclui o professor.