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SIUFPI 2024: A Inteligência Artificial com ferramenta para potencializar a produtividade acadêmica

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Última atualização em Quinta, 07 de Novembro de 2024, 11h41

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Mesa-redonda realizada na noite da quarta-feira (6/11) no SIUFPI 2024

Na noite de quarta-feira, 6 de novembro, ocorreu a mesa-redonda do SIUFPI com o tema "Inteligência Artificial e a Universidade: Oportunidades e Desafios para o Ambiente Acadêmico". O evento contou com a participação do professor Orlando Maurício de Carvalho Berti, do professor Pedro Alcântara dos Santos Neto e da doutoranda Caroline de Moura Farias. Durante o encontro, foram discutidos diversos assuntos relacionados à temática, incluindo uma questão recorrente em muitos centros de ensino: como incorporar a IA na escola e na academia?

A mestre e doutoranda em Ciência da Computação, Caroline Moura Farias, destacou, com base em sua própria experiência, os benefícios do uso da IA no ambiente acadêmico. "Olhando para minha experiência atualmente, vejo que o professor não deve proibir ou desincentivar os alunos a usarem ferramentas como o ChatGPT. De certa forma, o ganho na sala de aula vem das discussões que podem surgir a partir do conteúdo gerado pelo chat", ressaltou.

O ChatGPT, amplamente conhecido pelo público em geral como uma ferramenta para tarefas cotidianas, como redação de textos e e-mails, pode ser explorado ainda mais no contexto educacional. O professor Pedro Alcântara compartilhou exemplos de usos positivos para esse tipo de ferramenta. "O ChatGPT se tornou muito famoso por ser a primeira ferramenta de IA amplamente acessível à população. Havia outras, mas não eram tão populares. Vejo muitas possibilidades interessantes para ampliar, otimizar e potencializar o aprendizado em sala de aula, mas ainda estamos aprendendo a usá-las. Há um projeto de lei que busca proibir o uso de celular em sala de aula. O celular é uma ferramenta muito potente, e é lamentável ver que possa ser proibido. Fiz um experimento com meus alunos de mestrado, onde lançamos uma ferramenta chamada 'School'. Durante as aulas, aplicava provas-relâmpago sobre o conteúdo recém-exposto, e todos respondiam pelo celular. Nunca tive tantos alunos atentos. Porém, percebi que isso não poderia valer como nota, pois nem todos têm celular ou estão com ele disponível. Apesar disso, acredito que não podemos lutar contra a tecnologia disponível; quem o faz comete um grande erro”, defendeu o docente.

A questão ética no uso de IA é amplamente discutida: até que ponto seu uso é aceitável? Quais são os riscos de dependência e como ela impacta o aprendizado dos estudantes? O professor Orlando Maurício abordou esses desafios, ressaltando como a IA pode ser utilizada de forma produtiva. “Alguns colegas professores acreditam que a Inteligência Artificial é alienante e desnecessária, e ainda resistem a seu uso. Eu sou radical em dois pontos. Acompanhei uma escola de ensino médio em que o uso do celular é totalmente proibido; os alunos deixam seus aparelhos em uma caixa e só os retiram ao final do dia. Nessa escola, o interesse por matérias como Matemática tem crescido significativamente. Paradoxalmente, a escola mais cara de Teresina adotou essa metodologia", destacou o professor.

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