Oficina no CTT promoveu discussão sobre Inteligencia Artificial, ética e pesquisa científica
A Universidade Federal do Piauí UFPI) promoveu na tarde desta quarta-feira (6) a oficina "A Inteligência Artificial na pesquisa científica" no Laboratório do Colégio Técnico de Teresina (CTT/UFPI). Ministrada pelo professor de Informática do CTT/UFPI e mestre em Informática, Carlos Sá, a atividade faz parte da programação do VI Seminário Integrado (SIUFPI), que ocorre entre os dias 4 e 8 de novembro, com a temática ‘A Inteligência Artificial e a Universidade: oportunidades e desafios para o ambiente acadêmico’.
A professora do Curso Técnico de Enfermagem e coordenadora do polo SIUFPI no CTT, Nayra da Costa, destaca que a proposta da oficina é de dar suporte à pesquisa do Programa de Iniciação Científica e de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação para o Ensino Médio (PIBIC-EM). “Uma das abordagens da oficina é justamente como os alunos podem utilizar a Inteligência Artificial nas pesquisas científicas, de modo que os estudantes também do ensino médio tenham acesso às plataformas de IA, para que possam utilizá-las no âmbito da pesquisa científica”, afirma.
Professora Nayra da Costa (blusa branca) durante oficina no Laboratório do CTT/UFPI
Nayra explica que a iniciativa visa o incentivo à implementação de novas tecnologias e de estudo estratégico delas no ensino médio-técnico ofertado na UFPI nas áreas médicas, agrícolas, informática, dentre outras. Durante a oficina, foram levantadas diferentes vias da discussão sobre o uso da IA, como a história da computação em si, o modo de operação em que a ferramenta funciona, a aplicabilidade dela na pesquisa acadêmica e suas utilizações no ambiente digital atual e a ética e responsabilidade ao usar a tecnologia em questão.
O palestrante Carlos alerta para um bom uso de Inteligência Artificial, frisando que deve passar pelo senso crítico do pesquisador ou aluno a utilizar, a fim de se respeitar questões de direito autoral, validação de informações e o viés que ela pode expressar. Define que deve ser apenas uma ferramenta e o trabalho deve ser de controle e concepção geral do fator humano, inclusive, aponta que um uso desregulado pode dificultar na parte da defesa de pesquisas.
“O objetivo é fazer que os alunos usem as ferramentas de Inteligência Artificial em seu processo de iniciação científica para que ele consiga resultados em publicações relevantes, mais refinadas, partindo sempre do princípio da ética, sempre ter a certeza que o que a ferramenta está gerando é factual e não factóides. Os benefícios são muitos. As ferramentas de IA em geral nos auxiliam com o aumento da produtividade, também são interessantes para dar ideias e avançar no estudo”, acrescenta o professor.
Palestrante Carlos Sá, professor de Informática do CTT
O estudante do CTT/UFPI, Clayron Farias, é um dos alunos PIBIC-EM que participou da oficina. Ele declara que sua linha de estudo na iniciação científica está relacionada com o tema da IA, na medida que estuda o uso de ferramentas Duolingo e Chat GPT para auxílio na resolução de questões da língua inglesa do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM). Portanto, considera a oficina muito útil como fonte de informações e técnicas a serem aplicadas em sua pesquisa.
Clayron Farias, aluno PIBIC-EM do CTT/UFPI
“A IA te impulsiona para frente no quesito velocidade. É um dos principais pontos. Com essa oficina aqui de hoje, eu acredito que eu vou sair muito mais direcionado a saber usar ela para o trabalho escolar, trabalho de universidade e outras coisas do tipo. Então isso me direciona bem a como utilizar uma ferramenta muito boa e para não acabar cometendo deslizes, que sem essas informações que o professor está ensinando eu poderia cometer”, conclui Clayron.
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