Há 15 anos, Curso de Estatística ensina interpretação de dados e capacita novos profissionais

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No dia 20 de outubro, celebrou-se o Dia da Estatística, data que reforça a importância dessa ciência em um mundo cada vez mais orientado por dados. Desde 2009, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) oferta o Bacharelado em Estatística. A graduação vem desempenhando um papel fundamental em diversas áreas do conhecimento e do mercado de trabalho. 

Criado há cerca de 15 anos e fruto de edital do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI). “Os alunos começaram com apenas algumas disciplinas, já que os professores da área específica de Estatística não haviam sido contratados. Mas, aos poucos, fomos ganhando estrutura e mais docentes foram contratados. Hoje, somos 13 professores dedicados à formação desses profissionais”, relembra Lya Raquel de Oliveira, coordenadora da graduação.

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Na foto, as professoras Rita Lima e Lya Raquel de Oliveira

A Estatística é um campo que se comunica com todas as áreas do conhecimento, algo destacado como um dos maiores atrativos do curso. “É raro encontrar uma área que não demande análises estatísticas. Desde saúde até economia, a Estatística é fundamental para a tomada de decisões baseadas em dados”, comenta a professora Rita. Isso se reflete também no aumento de vagas específicas para estatísticos em concursos públicos e na crescente procura por estágios. “No começo, era difícil encontrar onde os alunos pudessem estagiar, mas hoje em dia já há mais ofertas de estágio do que alunos disponíveis para ocupá-las”, complementa a coordenadora.

O curso de Estatística também se destaca pelos seus projetos de extensão e pesquisa. Um dos principais é o “Conhecendo a Estatística”, que busca apresentar a área a alunos do ensino médio, focando principalmente em turmas que já estão prestes a se formar, com o objetivo de aumentar a visibilidade da graduação. Outra iniciativa importante é o R-Ladies, coordenado por Rita Lima, sub-coordenadora da graduação. O projeto incentiva a participação de mulheres na ciência de dados e promove oficinas e minicursos para o aprendizado do software R, uma ferramenta estatística gratuita e amplamente utilizada.

Outro projeto importante é o “Pré-Cálculo”, destinado a ajudar os alunos a superarem dificuldades nas disciplinas de cálculo, fundamentais para o curso. A professora Lya ressalta que a evasão no curso ainda é um desafio, em parte devido às dificuldades dos alunos com a base matemática. "Criamos esse projeto para auxiliar os alunos não só da Estatística, mas de outros cursos também, para que tenham um reforço nos conceitos básicos e consigam avançar com mais segurança".

Outro destaque no curso é do Laboratório de Colaboração e Estatística, que oferece consultoria estatística para outras áreas da Universidade e até para parceiros externos. Segundo Rita Lima, o laboratório funciona através de parcerias com pessoas que trazem problemas para serem analisados. “Basicamente, a pessoa traz o problema e a gente analisa, vê se tem aluno que tem suporte já para dar conta de fazer aquela consultoria, e aí une-se o útil ao agradável, que seria o quê? O aluno tem a oportunidade de prestar uma consultoria ainda enquanto aluno, sob a supervisão do professor.” Rita reforça que o laboratório não apenas resolve o problema estatístico, mas também gera produtos como artigos, pôsteres e trabalhos para congressos, levando o nome de todos os envolvidos. "O objetivo é que sempre haja divulgação, mostrando a participação dos estatísticos", completa.

Atualmente, os alunos contam com um laboratório de informática, que está disponível para uso fora dos horários de aula, o que facilita o aprendizado prático dos alunos. “Nós conseguimos improvisar uma segunda sala de computadores para turmas menores, justamente para evitar o choque de horários quando dois professores precisam usar o laboratório ao mesmo tempo”, conta Lya.

O curso de Estatística tem, assim, se consolidado ao longo dos anos, oferecendo uma formação versátil e em crescente demanda no mercado. A professora Rita Lima ressalta que muitos alunos ingressam no curso já cientes das oportunidades profissionais que a estatística oferece. "A gente percebe que muitos escolhem o curso porque sabem que o mercado está aquecido e que a estatística é uma ferramenta indispensável em diversas áreas, da saúde à economia", conclui.