Projeto de pesquisa da UFPI avalia tecnologias para aumentar a produtividade no desenvolvimento de softwares

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Com o aumento da demanda por soluções digitais, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) desenvolve uma importante pesquisa no campo da engenharia de software, intitulada "Avaliação de Técnicas Modernas para Melhoria da Produtividade de Atividades de Desenvolvimento de Software". O projeto, coordenado pelo professor Guilherme Avelino, do Departamento de Computação, busca estudar o impacto de novas tecnologias no aumento da eficiência e agilidade na criação de softwares, especialmente após a pandemia, que acelerou a demanda por soluções digitais. O estudo também dispõe de parceria com o professor Pedro Alcântara, e colaboração da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG).

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Professor do Departamento de Computação, Guilherme Avelino

Segundo o professor Guilherme Avelino, o crescimento exponencial da demanda por software após a pandemia revelou um descompasso: “A capacidade da academia e das instituições de gerarem novos profissionais capacitados está estagnada”, comenta. De acordo com uma pesquisa da TIC Domicílios, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, só em 2020, a procura por profissionais de tecnologia cresceu mais de 670% em 2020. O projeto foca em duas abordagens principais: as plataformas low-code e no-code, e o uso de Inteligência Artificial (IA) generativa no desenvolvimento de software.

As plataformas low-code e no-code permitem a criação de aplicativos com pouca ou nenhuma codificação. "Essas ferramentas são promissoras, pois permitem que pessoas sem conhecimentos avançados em programação possam desenvolver soluções, especialmente no contexto de problemas específicos do mercado", explica Guilherme.

Outro ponto forte do estudo é o uso de IA generativa, que vem sendo explorada em diversas etapas do desenvolvimento de software, desde a concepção até a manutenção. Ferramentas como o ChatGPT e o GitHub Copilot são analisadas por seu potencial de aumentar a produtividade em atividades como a escrita de código e a elaboração de requisitos. “Estamos investigando como essas ferramentas podem ser usadas para auxiliar em todas as etapas, promovendo ganhos significativos de desempenho”, destaca o professor.

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Estudante de Computação, Samuel Silvestre

O projeto também envolve a participação de alunos de mestrado e graduação. Samuel Silvestre, estudante de Ciência da Computação e bolsista PIBIC, vê na pesquisa uma oportunidade única de crescimento acadêmico. “A motivação do projeto é avaliar ferramentas emergentes de IA, que até pouco tempo não se sabia o impacto real no desenvolvimento de software. Esse estudo está me proporcionando amadurecimento na pesquisa e na escrita científica”, afirma Samuel, que planeja continuar se aprofundando na área.

Além de contribuir com o avanço tecnológico, o projeto busca formar novos profissionais capacitados para utilizar essas ferramentas modernas, potencializando o mercado de trabalho e preparando os alunos para as demandas atuais da indústria de software.