X Setembro Azul movimenta comunidade da UFPI com inclusão, ensino e pesquisa em Libras

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X Setembro Azul movimentou espaços do CCHL e prédio do curso de Libras na UFPI

O Dia Mundial do Surdo é comemorado pela comunidade surda, no último domingo de setembro, com o objetivo de relembrar suas lutas ao longo dos anos. Exclusivamente no Brasil, o Dia Nacional do Surdo é celebrado no dia 26 de setembro, em referência a data da criação da primeira escola de surdos no Brasil, o Imperial Instituto dos Surdos-Mudos. O curso de Letras - Libras da Universidade Federal do Piauí (UFPI) realiza a décima edição do Setembro Azul, em alusão à data, com o objetivo de discutir e compartilhar conhecimentos relacionados ao ensino e à pesquisa em Libras e à cultura surda. Neste ano, o evento foi realizado em parceria com o curso de Letras- Libras na modalidade do Parfor e aconteceu entre os dias 23 e 25 de setembro.

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Coordenador do curso de Libras, Clevis Lima

O coordenador do curso de Libras, Clevis Lima, destaca a importância do evento: “Foram três dias de evento com vários palestrantes, tanto professores surdos quanto ouvintes, sobre diferentes modos de olhar para a questão do surdo e da surdez. Discutimos sobre cultura surda, sobre o que já se tem feito no aspecto do ponto de vista legal sobre a surdez, o que ainda precisa avançar. Também discutimos do ponto de vista educacional”, ele conta que neste ano o evento contou com 138 inscritos nos três dias, além da participação de pessoas de fora da comunidade acadêmica.

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Professor Jonathan Oliveira foi responsável pela organização

O professora Jonathan Oliveira, responsável pela organização do projeto, comentou sobre a sua elaboração: "O evento, além da alusão ao Dia Nacional do Surdo, tem o objetivo de discutir e compartilhar os conhecimentos que a gente tem dentro da Universidade com a comunidade geral. Apresentar para Teresina o que a UFPI tem produzido e discutido para além de compartilhar, aprender”, relata.

A estudante do primeiro período do curso de Letras - Libras, Lorena Oliveira, participou de todos os dias de evento e contou sua experiência: “O evento foi imprescindível para eu ampliar as minhas fronteiras, tanto na questão de línguas na área, mas também como cidadã, aprendendo e vendo filmes e refletindo sobre aspectos sociais, que também são muito importantes. É importante ter essa conversa que engloba tudo que abarca a vida”, infere, e ainda adiciona: “Essa discussão dentro de uma Universidade e a troca de ideias é muito enriquecedora. São diversas nuances e elas nos enriquecem, nos engrandecem e é sempre válido promover esse tipo de evento porque é muito legal para ajudar a desconstruir as verdades que nós carregamos, que são temporárias, e construir novas”, conclui.

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Exibição de filmes também compós a programação do X Setembro Azul