UFPI aprova Mestrado em Economia; o 1º do Piauí na área

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A Universidade Federal do Piauí (UFPI) aprovou, em um feito inédito no Estado, a primeira pós-graduação stricto sensu na área de Economia, em nível de mestrado acadêmico. O curso de graduação em Economia da UFPI, implantado em 4 de fevereiro de 1976 pelo Ato de Reitoria nº 33/76, tem 43 anos de existência e foi reconhecido oficialmente em 1981 pela Portaria Ministerial N.º 085, de 19 de janeiro de 1981. Com a criação deste mestrado, o estado poderá expandir o estudo nesta área do conhecimento para um patamar de maior produção científica. Serão disponibilizadas 11 vagas, com as atividades do programa previstas para iniciar no primeiro semestre do ano letivo de 2025.

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Pró-Reitora de Ensino de Pós-Graduação, Regilda Moreira-Araújo

“A proposta é um anseio da área de Economia e de toda a Universidade Federal do Piauí, está alinhada ao PDI da UFPI e ao PDU desta Pró-Reitoria de Ensino de Pós-Graduação. Há uma grande demanda por profissionais da área para formação e qualificação em nível de Mestrado, com potencial para realização de pesquisas de impacto na sociedade. Não possuímos nenhuma pós-graduação em Economia em 40 anos de curso na UFPI, então é uma conquista importante, um marco para a área e para a UFPI. Os profissionais de Economia no Piauí limitavam-se ao conhecimento técnico, em detrimento da pesquisa científica. Com esse programa, iremos resolver essa lacuna e atender diversas demandas em nosso estado nesta área", declara a Pró-Reitora de Ensino de Pós-Graduação da UFPI, professora Regilda Moreira-Araújo.

O edital para seleção de mestrandos para o curso inédito foi autorizado pela Associação Nacional de Pós-Graduação em Economia (ANPEC) e aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) em julho de 2024. A partir do segundo semestre deste ano letivo, terá início o processo seletivo de admissão de alunos. Conforme afirma o Coordenador da Proposta de Mestrado Acadêmico em Economia (UFPI), professor Juliano Vargas, o mestrado garantirá a qualificação profissional de economistas graduados, atuantes tanto no serviço público quanto no setor privado.

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Professor do curso de Economia, Juliano Vargas

"Essa é uma demanda reprimida tanto dos profissionais da área quanto da sociedade piauiense. Importante ressaltar que o Mestrado em Economia da UFPI terá enfoque integrativo e complementar à graduação em Ciências Econômicas, com foco na formação em economia regional e avaliação de políticas públicas, bem como em conhecimentos de métodos aplicados à realidade regional, o que certamente impactará positivamente o desenvolvimento do Piauí", explica o professor Juliano Vargas.

Serão desenvolvidas duas linhas de pesquisa na área de concentração em Economia e Desenvolvimento Econômico na primeira turma. Na linha de pesquisa em Economia Aplicada ao Desenvolvimento (EADes), serão realizados estudos sobre teoria, métodos e análise do desenvolvimento e avaliação de políticas públicas no âmbito das dinâmicas regionais e suas interações inter-regionais e internacionais, como afirma a Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Economia da UFPI, professora Romina Paradizo. Na segunda linha, Desenvolvimento Socioeconômico (DSEco), será estudado o desenvolvimento com foco na inclusão e sustentabilidade, tanto em aspectos teóricos quanto práticos.

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Professora do curso de Economia, Romina Paradizo

"O mestrado proposto busca atender à demanda social por transformações na realidade do estado, no contexto regional e nacional, frente às históricas políticas regionais ineficientes que não conseguiram reverter o cenário econômico, tornando-o ainda amplamente dependente de transferências governamentais. Há um efeito multiplicador na inserção dos docentes de um curso de Mestrado em Economia no estado do Piauí, favorecendo a qualificação profissional dos inúmeros economistas formados, bem como daqueles que atuam na esfera pública e/ou privada estadual e municipal, nas áreas de Economia Regional, Rural, Ambiental e de Políticas Públicas, além de temas transversais", finaliza a professora Romina Paradizo.