Museu de Arqueologia e Paleontologia da UFPI
No dia 26 de julho, comemora-se o Dia Nacional do Arqueólogo, data em que foi instituída a Lei de Arqueologia. Promulgada em 1961, essa regulamentação tem como objetivo a proteção de sítios e monumentos arqueológicos e pré-históricos em território brasileiro. A Universidade Federal do Piauí (UFPI) contribui significativamente para a preservação de registros históricos por meio do Museu de Arqueologia e Paleontologia (MAP), uma parte essencial desse esforço.
Localizado no Centro de Ciências da Natureza II (CCN II), o Museu foi inaugurado em 2013 e trabalha na preservação de vestígios históricos e na educação patrimonial, recebendo escolas e produzindo material educativo. Atualmente, é uma das entidades estabelecidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para Guarda e Pesquisa de Material Arqueológico no Estado. O MAP é organizado em duas seções: Arqueologia e Paleontologia, exibindo peças do Piauí e regiões próximas.
Coordenador de Arqueologia do MAP/UFPI, Igor Linhares
Igor Linhares Araújo, arqueólogo e coordenador de Arqueologia do MAP, destacou a estrutura do Museu. “Temos um auditório com noventa lugares, onde realizamos eventos como a 'Semana Nacional de Museus' e a 'Primavera dos Museus'. A Semana Nacional de Museus ocorre em maio e a Primavera dos Museus em setembro”, afirmou.
A estrutura do Museu inclui uma sala de triagem, uma reserva técnica com cerca de 50 mil peças e um espaço de exposição. Segundo Igor Linhares, o acervo do MAP possui vestígios recolhidos de sítios arqueológicos e de licenciamentos ambientais, devido à grande ocorrência de locais com vestígios históricos no Piauí.
O coordenador discutiu o propósito do estudo arqueológico. “Na Arqueologia, quando observamos materiais como pedra lascada ou polida junto com material paleontológico, não estamos apenas analisando o objeto. Buscamos entender a dinâmica de vivência humana, seja com o meio ambiente, seja no contexto social. Por exemplo, ao observarmos a produção de certos materiais, podemos inferir seu uso, seja para corte ou ritualismo. Assim, além da peça em si, percebemos as relações humanas representadas”, explicou.
Público visitante pode conhecer peças que remontam a trajetória da humanidade
Na área de exposição, os visitantes têm diferentes possibilidades de imersão, como objetos táteis. Igor Linhares destacou a dinâmica do ambiente. “Temos uma exposição permanente com materiais paleontológicos e arqueológicos, desde os primeiros registros de vida na Terra até as vivências humanas. É um espaço dinâmico e inclusivo, com uma mesa tátil que permite uma interação reforçada, especialmente para pessoas com deficiência”, elucidou.
O Museu funciona em horário especial das 9h às 12h e das 14h às 17h até o dia 5 de agosto, quando retorna ao horário normal das 8h às 12h e das 14h às 17h. Agendamentos de visitas universitárias, escolares ou familiares poderão ser feitos a partir de agosto pelo site https://www.ufpi.br/agendamentos-map.
Mais informações pelo telefone: (86) 3237-2262.
Acesse o instagram @mapufpi.