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Pesquisa da UFPI utiliza calcário e gesso em áreas de plantio de soja do Cerrado brasileiro

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Última atualização em Sexta, 26 de Julho de 2024, 17h49

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Aplicação e incorporação de calcário e gesso

A pesquisa do Doutorado em Ciências Agrárias da Universidade Federal do Piauí, que foi realizada no município de Currais (PI), na região do Cerrado de Matopiba, tem por objetivo avaliar os efeitos da aplicação de calcário e gesso na fertilidade do solo e na produção de soja em áreas recém-convertidas para uso agrícola. Durante o estudo, foram avaliadas diferentes doses de calcário e gesso que foram aplicadas em parcelas experimentais. As mudanças nos atributos químicos do solo, na nutrição das plantas e na produtividade dos grãos de soja foram monitoradas durante dois anos. Vale mencionar, ainda, que a tese teve orientação do professor Julian Junio de Jesus Lacerda.

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Mais uma etapa de aplicação de calcário no solo

O resultado da pesquisa do professor Doze Batista, lotado no curso de Engenharia Agronômica do campus Professora Cinobelina Elvas, em Bom Jesus, mostrou que a aplicação de calcário e gesso melhorou significativamente as condições do solo, reduzindo a acidez e aumentando a disponibilidade de nutrientes como cálcio, magnésio, fósforo e enxofre. A aplicação de gesso influenciou positivamente as concentrações de cálcio e magnésio no solo, embora não tenha mostrado um efeito claro na produtividade da soja.

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Soja em desenvolvimento

Para o professor pesquisador, Doze Batista, ao entender como diferentes taxas de calcário e gesso afetam o crescimento da soja, o estudo pode ajudar os agricultores a otimizarem suas práticas de cultivo, resultando em maiores rendimentos e, consequentemente, em uma melhor segurança alimentar. “Os resultados do estudo podem informar políticas públicas e estratégias de desenvolvimento rural, promovendo práticas agrícolas que beneficiem tanto os agricultores quanto o meio ambiente”, informa.

O professor também afirma que a pesquisa fornece dados e insights sobre a interação entre calcário, gesso e a produtividade da soja, contribuindo para o corpo de conhecimento existente sobre manejo de solo e fertilização. Isso pode abrir novas linhas de investigação e aprofundar a compreensão sobre práticas agrícolas sustentáveis. “A pesquisa pode servir como um campo de aprendizado para estudantes e profissionais da área, promovendo a formação de novos pesquisadores e especialistas em Agronomia e Ciências do Solo”, destaca Doze.

No âmbito prático, ele ainda ressalta que o estudo pode ser aplicado em programas de extensão da universidade. “O estudo pode ajudar os agricultores a entenderem melhor como adaptar suas práticas às condições específicas do Cerrado do Matopiba, promovendo uma agricultura mais resiliente e adaptada ao clima local, além de também poder ser utilizada em programas de extensão rural e capacitação, ajudando os agricultores a entenderem a importância do manejo adequado do solo e a aplicação de insumos”, frisa.

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Soja em fase de enchimento de grãos

Por fim, o estudo concluiu que a calagem e a gessagem são práticas essenciais para o manejo da fertilidade do solo e para a produção de soja em solos ácidos do Cerrado, ressaltando a importância de ajustar as doses de aplicação, além das recomendações padrão, para maximizar o rendimento das culturas. A pesquisa fornece descobertas valiosas sobre a interação entre correções do solo, fertilidade e produtividade agrícola, enfatizando a necessidade de práticas de manejo de nutrientes equilibradas para promover a sustentabilidade agrícola na região.

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