A Universidade Federal do Piauí (UFPI) retorna amanhã, 3 de julho, as atividades do calendário letivo, dando continuidade ao período 2024.1, após o fim da greve dos técnico-administrativos e docentes. Na manhã desta segunda-feira (01), a reitoria reuniu-se com o Sindicato dos Trabalhadores da UFPI (SINTUFPI), e nesta terça-feira (02) com a Associação de Docentes da UFPI (ADUFPI), com participação de representantes discentes, para anunciar o retorno das atividades dessas duas classes. Após mais de 100 dias de greve dos técnico-administrativos e cerca de um mês de greve dos docentes, a UFPI reabre as atividades do calendário letivo de 2024. Após encontro com as categorias, ficou decidido a reformulação no calendário acadêmico. Confira aqui.
Reitor da UFPI reunido com ADUFPI e demais sindicatos
O reitor da UFPI, professor Gildásio Guedes, destaca a importância de retomar as atividades regulares para garantir as obrigações institucionais e evitar grandes prejuízos aos estudantes na conclusão de suas graduações. “Estamos retomando as atividades pós-greve. Temos algumas mudanças em discussão para o calendário, junto aos estudantes e aos sindicatos. Pretendemos retomar as aulas amanhã, dia 3 de julho, e concluir este período de 2024.1 até 13 de setembro, com intervalo para garantir o período de férias letivas dos professores da UFPI”, afirma.
Segundo a presidente da ADUFPI, professora Maria Escolástica, a reunião busca estabelecer um diálogo entre estudantes, sindicatos e a administração da Universidade, de modo que o retorno respeite os direitos dos trabalhadores da educação e repare a defasagem educacional após o período de greve. “Viemos para conversar e chegar a um consenso com os estudantes e os professores, garantindo as férias docentes, já agendadas, como um direito trabalhista, e ajustando o calendário para que os alunos tenham a reposição das aulas a que têm direito”, enfatiza.
O presidente do SINTUFPI, Bartolomeu Carvalho Sousa, explica que o diálogo entre a Universidade e os sindicatos foi constante durante a greve, garantindo o funcionamento dos serviços essenciais, como os Restaurantes Universitários, fundamentais para a permanência dos estudantes da Residência Universitária no Campus. Segundo ele, a reitoria, as diretorias de centros e o setor de recursos humanos da UFPI estiveram sempre abertos ao diálogo com os sindicatos locais e nacionais.
Com o retorno das atividades, a Instituição volta a funcionar integralmente no horário convencional, incluindo o sistema de bibliotecas e os restaurantes universitários.
Reunião da administração da UFPI com o SINTUFPI
“Ao finalizar a greve, devemos comunicar oficialmente ao administrador o seu término e retornar ao trabalho em seguida. O primeiro ponto positivo foi a unidade desta greve, uma das maiores no serviço público, e a compreensão tanto das administrações quanto dos servidores em discutir reivindicações antigas, como o reajuste salarial, que estava há sete anos sem aumento, e outras demandas. Foi possível dialogar e chegar ao fim dessa greve”, declara o presidente do SINTUFPI.