EDUFPI no SALIPI 2024: Livro aborda piauiensidade, nas décadas de 70 e 80, a partir de Noé Mendes

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Valério Rosa Negreiros lança seu livro “Por uma cultura integrada: Noé Mendes de Oliveira e a Piauiensidade nas décadas de 1970 e 1980” no Bate-Papo Literário

Fruto da dissertação de Mestrado em História de Valério Rosa Negreiros, na Universidade Federal Fluminense (UFF), o livro “Por uma cultura integrada: Noé Mendes de Oliveira e a Piauiensidade nas décadas de 1970 e 1980” foi lançado no Bate-Papo Literário na noite de quarta-feira (12). A obra, que sai sob o selo da Editora da Universidade Federal do Piauí (EDUFPI), está disponível em formato e-book. Para baixá-lo gratuitamente, acesse aqui.

Segundo o autor do livro, Valério Rosa Negreiros, a trajetória de Noé Mendes e a história da cultura piauiense caminham lado a lado. “Sinto-me honrado em poder ter estudado essa história e agora apresentá-la ao público, a partir do livro editado pela EDUFPI. Jovens estudantes e a comunidade piauiense como um todo são merecedores de conhecer o professor Noé, que muito fez em prol da cultura do nosso estado, embora retrate apenas um recorte de sua vida pública, foram anos fundamentais para elaboração daquilo que estou chamando de ‘piauiensidade’, uma característica a partir do agenciamento da nossa identidade em diferentes espaços, sob diferentes aspectos”, enfatiza.

Saiba mais sobre a obra “Por uma cultura integrada”

De acordo com o prefácio do livro, escrito pela professora Márcia Regina Romeiro Chuva, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), a temática do patrimônio cultural no Brasil se define como um campo de reflexão que envolve, por um lado, a escrita da história e, por outro, as relações entre intelectuais e o Estado em suas complexas e em constante formação estruturas, em contextos diversos. Assim, como um campo de estudos próprio, o patrimônio entrelaça problemas teóricos e historiográficos, políticos e culturais. “Por uma cultura integrada: Noé Mendes de Oliveira e a Piauiensidade nas décadas de 1970 e 1980” situa-se precisamente nesse campo reflexivo e demonstra como as ferramentas da História são fundamentais para, sem perder de vista o indivíduo, analisar a sociogênese dos processos de formação do Estado nos quais o personagem central dessa história esteve envolvido, ao mesmo tempo em que apreende a diversidade da atuação desse agente que se desenha como um caleidoscópio.

É nessa perspectiva que esta obra traz sua contribuição para os estudos no campo do patrimônio e da história. Longe de ser um estudo sobre a política local, stricto sensu, a leitura deste livro surpreende aqueles que esperam encontrar a reprodução de uma versão hegemônica que toma por epicentro político o Sudeste e reduz o “intelectual regional” a um lugar periférico no campo da ação política. O nome de Noé Mendes de Oliveira encontra-se merecidamente no título da obra, não por se tratar de um trabalho biográfico em moldes tradicionais, mas porque objetiva compreender sua trajetória como agente cujas capacidades criativas, no campo de intervenção social em que atuava, foram condensadas em vetores estratégicos de consolidação do campo do patrimônio no Piauí.