Reunião realizada na PRPG teve por intuito acolher discente com deficiência auditiva e prestar assistência a demandas solicitadas
No dia 4 de abril, a Pró-Reitoria de Ensino de Pós-Graduação da Universidade Federal do Piauí (PRPG/UFPI) realizou a recepção e se reuniu com Maria Alice de Sousa Rocha, a primeira discente surda do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGEL). A reunião aconteceu com o intuito de buscar alternativas para melhorar a acessibilidade e resolver a problemática da falta de intérpretes.
A Pró-Reitora de Ensino de Pós-Graduação, professora Regilda Moreira-Araújo, declarou sentir felicidade com a entrada da nova aluna e assegurou que trabalha para garantir a inclusão. “Nós, da pós-graduação, estamos muito felizes com a entrada dela no Mestrado, isso engrandece a Universidade. Queremos cada vez mais abrir oportunidades para inclusão de todos”, afirmou. Ela ressaltou também que realizar a recepção da aluna é de extrema importância e que as devidas providências para resolver os problemas apresentados estão sendo tomadas.
Na oportunidade da reunião, a professora Regilda Moreira-Araújo acrescentou a colaboração de diferentes setores com o intuito de prestar assistência à estudante. "Entramos em contato com a Pró-Reitoria de Planejamento e Orçamento da UFPI, que em nome da Professora Antônia Dalva, está empenhada em ajudar a PRPG a resolver esta necessidade, assim como o professor Marcelo dos Anjos, Coordenador do PPGEL", frisou.
A discente, Maria Alice, falou a respeito de como tem sido sua experiência no Mestrado que começou há duas semanas. “Tem sido estimulante, porque, quanto mais pesquiso, mais quero buscar para compreender o processo através dos conceitos, de funcionalidade e de metodologia. Entretanto, tem sido um desafio obter aprendizado nas salas de aulas. Como não há acessibilidade, por falta de intérpretes, não é possível assimilar os conhecimentos que os professores passam, não é permitida a comunicação simultânea para a interação e o compartilhamento de conhecimentos ”, disse.
Para a aluna, várias possibilidades para resolver a problemática foram apresentadas durante a reunião. “Minha expectativa é que a PRPG retorne com boas notícias para a resolução, que realmente promovam a assistência de forma minimamente satisfatória e permanente”, declarou.
Segundo a orientadora de Maria Alice no Mestrado, professora Leila Rachel Barbosa, destacou como tem sido feito o acompanhamento da pós-graduanda. “As aulas no mestrado começaram há duas semanas e ainda não há intérpretes de Libras nas disciplinas em que ela está matriculada. As atividades de orientação e participação em reuniões com o grupo de pesquisa têm sido interpretadas por voluntários, meus outros orientandos, o que está bem longe de ser o ideal”, discorreu.
A professora orientadora ainda ressaltou que é necessário que haja soluções permanentes para a situação. "Estamos no aguardo e confiando que a Administração Superior da UFPI vai agir de maneira rápida e adequada. Maria precisa compreender e ser compreendida para que seu mestrado aconteça de forma brilhante, como já sei que ela pode fazer”, expressou.