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Março Azul: Especialista do HU-UFPI compartilha conhecimento e inovação na luta pela conscientização contra o câncer colorretal

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Última atualização em Terça, 12 de Março de 2024, 08h27

Estima-se que em 2020 tenham ocorrido mais de 1,9 milhão de novos casos e 935 mil mortes relacionadas ao câncer colorretal. Somente no Brasil, foram registrados 20.540 novos casos em homens e 20.470 em mulheres, com incidências estimadas de 9,1% e 9,2%, respectivamente. É, então, o terceiro tipo de câncer mais comum entre os homens e o segundo entre as mulheres, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Nesse contexto, o Março Azul, campanha voltada para conscientização e prevenção da doença, e abraçada pelo Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), emerge como uma oportunidade crucial para educar a população e promover exames preventivos.

Define-se por câncer um crescimento anormal das células, gerando o que chamamos de tumor. Especificamente o câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino, é assim identificado quando o tumor surge nas regiões do intestino grosso chamado de cólon, no reto (parte final do intestino e anterior ao ânus) e no ânus. 

Campanha

A campanha Março Azul faz uma alerta e busca conscientizar profissionais de saúde, gestores e a população em geral sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado do câncer de intestino, visando diminuir sua incidência. 

O Março Azul está em sua quarta edição e faz parte da união da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) com foco na mobilização nacional sobre o tema, que este ano tem como lema “Médico e paciente: uma parceria que salva vidas! Juntos na prevenção do câncer de intestino”.

O público-alvo a ser investigado são pessoas acima de 50 anos, porém, não deve ser motivo de desespero, pois, algumas doenças benignas também podem surgir com sangramento, a exemplo das hemorroidas, diarreia aguda, doença inflamatória intestinal. 

Prevenção, sintomas, diagnóstico e tratamento

O mais importante é ficar alerta para os indícios e buscar a análise de um profissional, visando obter um diagnóstico precoce e o tratamento apropriado. Em estágios iniciais da doença, alguns pacientes podem não manifestar sintomas, ressaltando a importância de recorrer a procedimentos diagnósticos como a pesquisa de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia para identificar precocemente o câncer de intestino.

A médica oncologista clínica do HU-UFPI, Pollyana Cardoso Val, destaca os sintomas mais comuns. “Sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre), dor ou desconforto abdominal, sensação de que o intestino não esvazia completamente, fraqueza, anemia, perda de peso, alteração na forma das fezes (muito finas e compridas), massa abdominal”. 

Ela ainda elenca algumas medidas de prevenção do câncer colorretal “controle de peso, atividade física, dieta saudável, evitar bebida alcoólica em excesso, não fumar e realizar exames de rastreamento”.

A prevenção do câncer de intestino é dividida em duas partes: primária e secundária. Quase sempre o câncer colorretal se inicia com um pequeno pólipo no intestino, por isso, quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor será o tratamento. Pollyana Cardoso, fala sobre a importância dos exames de rastreamento. “Ele deve ser realizado nas pessoas sem sinais e sintomas, mas pertencentes a grupos de médio risco (pessoas com 50 anos ou mais) e alto risco (indivíduos com história pessoal ou familiar de câncer de intestino, de doenças inflamatórias do intestino ou síndromes genéticas, como a de Lynch). O rastreamento reduz a incidência da doença, por meio da exérese de lesões precursoras (pólipos), e contribui para a redução  da mortalidade específica por câncer de cólon e reto, pois permite a detecção da doença de forma mais precoce, quando são maiores as chances de cura”.

A especialista ainda reforça sobre o diagnóstico do câncer colorretal. “Ele é estabelecido pelo exame histopatológico de espécime tumoral obtido através da retossigmoidoscopia (exame do reto até o cólon sigmóide), colonoscopia (exame do reto e todo o cólon) ou do exame da peça cirúrgica”.

A lesão ou pólipo, que surge como uma espécie de “bolinha” no intestino, pode ser identificada através da colonoscopia. Portanto, o procedimento deve ser feito em qualquer pessoa acima dos 50 anos, tendo ou não sintomas, tendo ou não histórico familiar de câncer. No exame a pessoa é sedada, logo não há dor ou desconforto. E se for diagnosticado pólipo, o próprio colonoscopista já poderá retirar, fazendo com que aquela lesão, que em alguns anos se tornaria um câncer, não aconteça.

A médica fala sobre as opções de tratamento para o câncer colorretal e que essas dependem do estágio da doença. “O tratamento envolve cirurgia com ou sem quimioterapia, radioterapia (em alguns casos de câncer de reto) e quimioterapia nos estágios IV (presença de metástase - doença à distância do local de origem); o estágio da doença vai determinar o tipo de tratamento a ser realizado”. O plano de tratamento é individualizado para cada paciente e pode envolver uma combinação dessas terapias.

Sobre a Ebserh

O HU-UFPI faz parte da Rede Ebserh desde novembro de 2012. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

*Com informações HU-UFPI

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