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Mulheres na UFPI: Grupo de Trabalho da instituição investe em educação para combater violência contra mulheres

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Última atualização em Quarta, 06 de Março de 2024, 10h05

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Visando combater estruturalmente a violência contra a mulher nos campi da Universidade Federal do Piauí (UFPI), um Grupo de Trabalho (GT) de enfrentamento da violência de gênero foi instituído. Quem toma a frente do projeto é a professora Edna Maria Magalhães do Nascimento, pesquisadora lotada no Departamento de Fundamentos da Educação (DEFE).

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A professora e presidente do GT conta que o grupo foi estabelecido para prevenir e combater violências de gênero nos campi. "A UFPI instituiu o GT visando elaborar um regimento interno para normatizar e estabelecer uma política institucional e um protocolo de prevenção e enfrentamento das violências de gênero no âmbito da universidade", explica.

Formado por diversos segmentos da UFPI, tais como professores, estudantes, técnicos administrativos e pesquisadoras de gênero, o grupo concluiu seu trabalho no final de janeiro de 2024. Uma minuta de resolução foi produzida e será apresentada na próxima reunião do Conselho Universitário (CONSUN).

Para a elaboração da minuta, o grupo agiu por meio de diversas estratégias de escuta à comunidade, tendo inclusive realizado uma pesquisa através do sistema SIG/UFPI, onde perguntou aos estudantes, docentes e técnicos-administrativos sobre a percepção da violência de gênero no campus. O questionário ficou disponível no período de 9 a 23 de outubro de 2023. O questionário auxiliou o GT na elaboração de políticas institucionais eficazes no combate às desigualdades e violências de gênero na universidade.

Segundo a presidente do GT, o grupo apresentou uma proposta à Administração Superior da UFPI a partir de alguns princípios, tais como, o de eliminar todas as formas de violência e discriminação de gênero por meio de instrumentos de educação, prevenção e punição. A garantia de ações voltadas à equidade de gênero também foi proposta pelo GT.

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Professora Edna Magalhães

A professora Edna Magalhães reitera a necessidade das universidades aderirem a mecanismos legais que corroborem com o enfrentamento das violências de gênero. "É urgente que as leis, os dispositivos e as estruturas criadas em nossa sociedade para mitigar as violências de gênero também estejam presentes nas universidades. Por isso, não basta a responsabilização penal de quem comete a violência de gênero, mas sim, o compromisso institucional e a estruturação de políticas universitárias que busquem reduzir tais violências", diz.

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Integrante do Grupo de Trabalho, Professora Mariane Pisani

A professora Mariane Pisani, integrante do GT, afirma que o compromisso do grupo é com as mulheres que trabalham e estudam na UFPI, no sentido de criar uma política institucional que possa coibir e enfrentar as violências de gênero.“O grupo publicou uma cartilha informativa que foi aprovada, publicada e divulgada por meios digitais para toda a comunidade,"complementa.

Confira aqui a Cartilha de Violência de Gênero.

Dolores Vieira, integrante do Grupo de Trabalho, defende a importância da existência de uma comunidade voltada à valorização de grupos minoritários. “Quanto ao enfrentamento, à prevenção e à punição de quaisquer tipos de violência, ocorridas nos campi e estruturas físicas ligadas à Universidade e outras ações mais amplas no âmbito do ensino, da pesquisa, da extensão e da gestão, ele já impactou, porque essa política é resultado de estudo, discussão, escuta aos Centros, aos Campi, ao corpo docente, discente técnico da UFPI. Saber que há uma política de enfrentamento anima as mulheres a denunciarem, porque não se sentem mais sós.” afirma.

Sobre o ciclo de violência de gênero, Dolores declara que acontece em fases, e para romper esse ciclo é necessária a denúncia. “Para romper este ciclo, a mulher precisa denunciar o agressor, do contrário, a tendência é só piorar e, muitas vezes, termina em feminicídio.”, ela afirma ainda que, na maioria das vezes, a denúncia não acontece por conta de vergonha, medo ou constrangimento por parte da vítima.

O GT de enfrentamento elaborou seu protocolo de enfrentamento às questões relativas à violência de gênero no âmbito da UFPI depois de todo um trabalho preparado pelo segmento. A Universidade federal do Piauí considera que o trabalho através dessa rede de proteção é indispensável nessa luta a favor da preservação e do respeito à mulher e à comunidade LGBTQIA+.

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