UFPI apresenta resultados do Programa de Aceleração do Empreendedorismo Regional (REAP) do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT)

A Universidade Federal do Piauí participou do Programa de Aceleração do Empreendedorismo Regional (REAP) do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), representando, junto a Universidade Estadual do Piauí, o stakeholder “Universidade”, um dos 5 (cinco) atores engajados na metodologia MIT REAP: universidades, corporações, governo, empreendedores e investidores (https://reap.mit.edu/cohort/piaui-brazil/). Durante um período de 2 anos, os membros do time Piauí receberam mentoria da Universidade americana para desenvolver e implementar uma estratégia baseada em ação com o objetivo de acelerar o empreendedorismo impulsionado pela inovação no estado do Piauí e aumentar a competitividade do ecossistema de saúde regional (https://saudedigitalpiaui.com/).

Representantes dos 5 stakeholders envolvidos na metodologia MIT REAP: universidades, corporações, governo, empreendedores e investidores

“Extraído de nossa avaliação de forças e fraquezas, os desafios das universidades residiam, principalmente, na falta de um ecossistema engajado para a inovação com base em ciência, focado na resolução dos problemas desafiadores da sociedade. Portanto, nossa missão tem sido mapear, acelerar e preparar tecnologias para serem absorvidas no ambiente produtivo, fomentando o empreendedorismo a partir da reunião de iniciativas conjuntas e isoladas dos nossos stakeholders”, destacou a professora Keylla Urtiga, representante da UFPI, que participou ativamente das atividades propostas pelo programa e está coordenando, por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação, a execução do Plano de Ação das universidades na UFPI.

Plano de ação das Universidades

A metodologia MIT REAP é dividida em quatro fases: (1) diagnóstico, (2) elaboração da estratégia de ação, (3) implementação das ações e (4) estratégia de sustentação.

Durante a Fase de Ação 1, foi conduzido um estudo aprofundado do ecossistema acadêmico com o objetivo de identificar seus principais pontos fracos e fortes de vantagem competitiva. Para executar esse estudo, foi realizada uma extensa pesquisa para coletar informações da comunidade acadêmica regional. O foco imediato foi um questionário direcionado a pesquisadores empreendedores. O objetivo foi conhecer o perfil dos pesquisadores de todas as Universidades do Piauí e avaliar suas percepções sobre o ecossistema regional de inovação. O questionário foi distribuído a todas as Instituições de Ciência e Tecnologia do Piauí. As conclusões deste estudo serviram como base para a concepção do plano estratégico para as Fases de Ação 2 e 3.

Na Fase de Ação 2, foram definidas metas para o envolvimento das Universidades no ecossistema de inovação, criando e reformulando regramentos específicos para institucionalização da inovação e identificamos partes interessadas essenciais na universidade, como professores, pesquisadores, estudantes e técnicos para nos ajudar na missão. Esse movimento levou à criação do Programa InovaUFPI, iniciativa pioneira na Universidade, concebida para identificar, formar e apoiar ideias inovadoras com potencial de geração de negócios. “O programa InovaUFPI tem como parceiro o SEBRAE PI que está capacitando as startups para avançarem em seu modelo de negócios e alcançarem o mercado”, explicou a professora Keylla Urtiga.

Workshop realizado para apresentação da metodologia MIT REAP. Esta colaboração envolveu a troca de conhecimentos, identificação de desafios e elaboração de estratégias

Durante a Fase de Ação 3, à medida que o programa interno de aceleração (InovaUFPI) se tornou conhecido, potenciais pesquisadores empreendedores passaram a buscar apoio para acelerar seus projetos de desenvolvimento tecnológico e inovação. Isso levou ao direcionamento da necessidade de criação de uma Gerência de Inovação, ligada à Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação da UFPI, liderado pelo Prof. Paulo Jordão, que passou a receber e orientar esses projetos para incubação na Incubadora de Negócios de Base Tecnológica da UFPI, a INBATE. Também nessa fase, ocorreu a visita dos professores do MIT, Shari Loessberg, Scott Stern e Travis Hunter, ao Piauí para acompanhar a evolução das ações e para o lançamento do Programa Startup Piauí (https://investepiaui.com/inscricao-startup-piaui/), uma ação coletiva dos 5 stakeholders, liderada pelo Governo do Estado do Piauí.

Visita dos professores do MIT, Shari Loessberg, Scott Stern e Travis Hunter ao Piauí

Na Fase de Ação 4, foi implementado o Programa GAAI – Grupo de Agentes Acadêmicos de Inovação, voltado para estudantes de graduação, bolsistas de Inovação, e um professor, Tutor de Inovação, que estão colaborando em ações de mapeamento, acompanhamento e condução de pesquisas com potencial de impacto no mercado, que serão acelerados na INBATE e/ou na Aceleradora do programa Startup Piauí. Atualmente, mais de 95 startups estão em aceleração neste programa, sendo mais de 40% atuantes no setor de saúde. Notavelmente, mais da metade dessas startups são lideradas por pesquisadores da UFPI, UESPI e IFPI.

No infográfico abaixo, é apresentado o resumo do Plano de Ação das universidades para fortalecer o Ecossistema de Inovação do Piauí. Essa estratégia se concentra nos seguintes pilares: Regulamentações para a institucionalização da inovação; Estímulo ao crescimento de startups; Promoção da cultura de empreendedorismo e inovação; Valorização dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs). O plano de ação foi apresentado e validado pela universidade americana como a entrega final do stakeholder universidade, que ocorreu no workshop de finalização do programa na sede do MIT, em Cambridge, Massachusetts, no mês de dezembro de 2023.

Plano de ação das universidades

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação compartilha o entusiasmo pelos resultados alcançados durante a mentoria do programa MIT REAP, permanecendo, a partir da finalização do programa, como membro do MIT REAP Global Network (RGN). “A PROPESQI reconhece e agradece ao Reitor da UFPI, Prof. Gildásio Guedes Fernandes, que possibilitou a participação da universidade nessa importante ação, pois ao prosseguir ativamente nessas iniciativas, a UFPI está desempenhando um papel fundamental na promoção da inovação, contribuindo para o desenvolvimento econômico do estado e preparando a próxima geração de líderes e inovadores”, enfatizou a professora Keylla Urtiga.

As próximas etapas e detalhes das atividades planejadas serão publicadas à medida que avançarem. “Este é um passo significativo na jornada de inovação impulsionada pela colaboração entre a UFPI e o MIT. A aproximação com a cultura inovadora de impacto do MIT, contribuiu para que a UFPI alcançasse um de seus compromissos institucionais em seu PDI 2020-2024: o de fomentar a pesquisa aplicada e o empreendedorismo acadêmico”, destacou o Prof. Luiz de Sousa Santos Júnior, Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação.

Equipe da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação - PROPESQI