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GEPAR/UFPI visita sítio de gravuras rupestres em Buriti dos Lopes (PI)

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Última atualização em Quinta, 17 de Agosto de 2023, 13h58

GEPAR/UFPI durante visita a sítio de gravuras rupestres em Buriti dos Lopes (PI)

No dia 25 de junho, o Grupo de Educação Patrimonial e Arqueologia da Universidade Federal do Piauí (GEPAR/UFPI), sob coordenação da professora Elaine Ignácio, realizou uma visita ao sítio de gravuras rupestres localizado nas margens do Rio Pirangi, no município de Buriti dos Lopes-PI. As gravuras remontam a aproximadamente 3 mil anos atrás.

De acordo com a professora Elaine Ignácio, o sítio de gravuras foi catalogado pelo Núcleo de Antropologia Pré-Histórica da Universidade Federal do Piauí (NAP-UFPI) e já havia sido alvo de estudo pelo GEPAR em anos anteriores. “As gravuras, que datam de épocas próximas a 3 mil anos atrás, apresentam um caráter único, sendo desenhadas de maneira a serem apreciadas por aqueles que estivessem dentro do rio, conferindo ao local um toque de magia e misticismo”, afirmou.

A visita revelou uma parte das gravuras, pois o acesso à outra parte estava obstruído pela cheia do rio, que também proporcionou desafios ao acesso a uma caverna próxima. Nesse local de difícil acesso, vestígios de uma fogueira sugerem atividades antigas.

A prospecção de superfície realizada à beira do rio revisitou um vislumbre da vida cotidiana dos antigos habitantes. Entre os achados estão fragmentos de cerâmica e ferramentas, evidências de habilidades técnicas e relações culturais. A análise das cerâmicas revelou diferenças nas técnicas de produção, permitindo aos arqueólogos identificar antiguidades distintas em diferentes peças.

Segundo a professora Elaine Ignácio, o Rio Pirangi mostrou-se não apenas um tesouro arqueológico, mas também um local de profundos significados religiosos. “Ao longo do tempo, tem sido um espaço onde diferentes comunidades expressam sua espiritualidade, como observado pelas oferendas de alimentos e velas deixadas à beira do rio, especialmente por seguidores de religiões de matriz africana. Essa ressignificação do rio como um lugar sagrado e a continuidade da ocupação humana ao longo dos séculos atestam a riqueza e a complexidade das relações entre as pessoas e o ambiente”, destacou.

Mais informações, acesse o site do GEPAR/UFPI.

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