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Mestrado em Enfermagem apresenta primeira dissertação do ano

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

Aconteceu na tarde desta segunda (12) a defesa de dissertação de mestrado em Enfermagem da mestranda Walquirya Maria Pimentel Santos Lopes com o tema "Conhecimento e uso de sutiãs e próteses externas por mulheres idosas e mastectomizadas". Orientada pela Profª. Drª. Maria do Livramento Fortes Figueiredo, a mestranda é graduada pela Universidade Federal de Pernambuco e pós-graduada pela Universidade Federal do Piauí, no campus de Picos.

A dissertação teve como base uma pesquisa qualitativa com 20 mulheres idosas mastectomizadas cadastradas na FMCS. Qual o conhecimento das mulheres idosas sobre o uso de sutiãs e próteses externas? e Quais os benefícios e/ou dificuldades dessas mulheres? foram algumas questões que a pesquisa se propôs a responder, além de indicar possíveis soluções para os problemas.

Como motivadores para a temática da dissertação, Walquirya frisou o envelhecimento e a "feminização" da população nacional - já que as mulheres têm expectativa de vida maior que os homens, em média de 7 a 8 anos -; o crescimento da incidência do câncer de mama em mulheres idosas; a insuficiência de serviços assistenciais e de recursos humanos qualificados na área; e a desinformação da população no referente aos direitos assistenciais.

"O câncer de mama é uma doença estigmatizante, mutiladora. Ela provoca danos que não são só físicos, mas também psicológicos", salienta Walquirya, que abordou o lado cultural dos sutiãs e próteses externas sob o olhar da teoria transcultural de Madeleine Leininger.

Das 20 entrevistadas, apenas 9 tinham conhecimento das próteses e a usavam. Nas demais observou-se um conhecimento frágil, ingênuo e superficial do sutiã e prótese externa. Para elas, o conhecimento restringe-se ao objetivo de melhoria estética.

"Há três leis que garantem a reconstrução mamária [9.797/99, 10.223/01 e 11.664/08], mas as mulheres não têm acesso a isso, e deveriam, pois o seio é um órgão muito simbólico para a feminilidade, e ele é mutilado com a mastectomia. Além da sequela psicológica, causa problemas físicos também, como a falta de equilíbrio", explica Walkquírya.

A dissertação foi elogiada pela banca, que frisou a importância da pesquisa lançar luzes sobre o assunto, um tema relevante, que aponta dados alarmantes, e cujo nosso estado é carente de estudos.

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