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Curso de Enfermagem promove palestra "Violência contra a mulher e as interfaces com a saúde mental"

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Última atualização em Sexta, 03 de Março de 2023, 09h32

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Palestra “Violência contra a mulher e as interfaces com a saúde mental”

Na manhã desta quinta-feira (2), a disciplina Psicologia Aplicada à Enfermagem do curso de Enfermagem da UFPI, sob a coordenação da professora Márcia Astrês Fernandes, realizou no auditório do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF) a palestra “Violência contra a mulher e as interfaces com a saúde mental”. O evento, direcionado aos estudantes de graduação e pós-graduação em Enfermagem, contou com a participação especial da psicóloga e mestre em Saúde da Família, Marystella Dantas Magalhães, pesquisadora no desenvolvimento de estudos e intervenções voltadas ao enfrentamento à violência contra a mulher. A exposição trouxe discussões significativas sobre as principais questões relacionadas à luta pela igualdade de gêneros, ao enfrentamento à violência contra mulheres e as repercussões à saúde mental relacionada a esse contexto.

Na ocasião, a palestrante destacou que a violência contra a mulher não se limita somente à agressão. Além da violência física, outros tipos de comportamentos violentos podem ser utilizados contra a mulher, tanto em espaços públicos como privados: violência psicológica, sexual, patrimonial e/ou moral. Em seu discurso, Marystella esclarece que, muitas vezes, a violência física acaba sendo um cenário resultante de outros tipos de abusos já praticados. "Em geral, são ameaças relacionadas à guarda dos filhos, à incapacidade de autossuficiência da mulher, à falta de apoio da família em casos de separação", pontuou. 

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Palestra promovida pela disiciplina de Psicologia Aplicada à Enfermagem

Durante a palestra, também foi chamada atenção para a gravidade desses discursos de manipulação que, quando acontecem  de forma continuada, podem causar sérios prejuízos no bem-estar emocional dessas mulheres, provocando sintomas depressivos e ansiosos, inclusive, comportamento suicida. “Essas discussões precisam ser ampliadas, para a construção de políticas, ações e estudos que articulem efetivamente a saúde mental com a saúde da mulher”, afirmou Marystella. 

Para a mestranda do PPGENF, Amanda Alves, é fundamental que haja diálogos constantemente sobre a temática, principalmente pela relevância dessas discussões entre os estudantes, que estão em processo de formação individual e coletiva. “No tocante à nossa prática, é essencial que tenhamos uma visão mais compreensiva e acolhedora durante os atendimentos para conseguir dar suporte a essas mulheres”. 

Já a discente da graduação, Maria Vitória Celestino, também considerou essencial a exposição da temática durante a disciplina. “Essas discussões vão ser relevantes para formar gerações com percepções e comportamentos mais preparados para o enfrentamento a essa violência”, disse.

A professora Márcia Astrês concluiu a atividade destacando o papel da educação no enfrentamento e na prevenção da problemática e da articulação de diversos setores, a citar a assistência social, justiça, segurança pública e saúde, como  elementos constituintes básicos para a construção de garantias mais sólidas à proteção da saúde física e mental das mulheres. “Ainda existem muitos obstáculos a serem superados, principalmente em relação à subnotificação dos casos de violência e aos entraves da aplicação dos dispositivos legais de combate à violência contra mulheres”, finalizou a palestrante.

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