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UFPI sedia projeto itinerante de digitalização de filmes e resgata a história do cinema piauiense

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Última atualização em Quinta, 15 de Dezembro de 2022, 08h24

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Ação ocorre no Laboratório de Webjornalismo do Departamento do Curso de Jornalismo

Na manhã desta quarta-feira (14), a Universidade Federal do Piauí (UFPI) deu início às atividades do Projeto Itinerante “Digitalização Viajante”, que terá a Universidade como sede até o dia 19 de dezembro. Tendo como organizador da ação na Instituição o pró-reitor de Planejamento, Luís Carlos Sales, a iniciativa objetiva a digitalização de filmes produzidos no Piauí nas bitolas de Super 8 e 8 mm, tanto no âmbito da Universidade como por produtores da comunidade artística piauiense. A iniciativa é uma forma de valorização da história do cinema piauiense, de preservação da produção artística e cultural do estado, possibilitando sua divulgação em outros meios digitais na internet e, ainda, de resgate de memórias do cenário piauiense, inclusive da própria UFPI.

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Pró-Reitor de Planejamento, Luís Carlos Sales

No que tange ao material produzido na Instituição, o pró-reitor Luís Carlos Sales explica que o primeiro passo foi identificar a existência dos filmes e localizá-los, pois até então estavam armazenados no espaço ocupado pela antiga Coordenadoria de Atividades Culturais da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (PREXC), próximo ao auditório Noé Mendes. “Todo esse material poderia se perder em pouco tempo. A digitalização vai beneficiar a Universidade e a comunidade acadêmica, mantendo viva a história da UFPI e ampliando o acesso ao conteúdo dos filmes, o que possibilita o conhecimento desse acervo por novas gerações”, destaca o professor Luís Carlos.

Já no que se refere à digitalização dos filmes assinados por produtores da sociedade piauiense, o resgate se centrará em produções das décadas de 1970 e 1980, quando Teresina vivenciou, em torno do Cineclube Teresinense, uma efervescência de produções em Super 8, com grupos organizados produzindo filmes e participando de Festivais de Cinema, inclusive fora do Piauí. “Teresina foi escolhida para ser uma das cidades abarcadas por esse projeto exatamente pela existência desse movimento ‘superoitista’. Temos um coletivo chamado Mel de Abelha, que realizou vários filmes da década de 80, e esse grupo nos procurou para fazer a digitalização desse material, o que agora será possível”, explica o professor Luís Carlos.

Serão digitalizados mais de 15 filmes e Teresina é a quinta cidade brasileira a receber o projeto, com as atividades sendo realizadas no Laboratório de Webjornalismo, situado no Departamento de Jornalismo, no Centro de Ciências da Educação (CCE), possibilitando a professores e alunos da área o acompanhamento desse processo. “O projeto usa uma nova tecnologia, a digitalização, para preservar memória visual de um período histórico, no qual foram produzidos contéudos, cultura, utilizadas técnicas e habilidades de uma época. O curso de Jornalismo da UFPI tem orgulho de estar colaborando para ampliar a longevidade de diversos filmes de Super 8 que foram produzidos em território piauiense”, pontua o Coordenador do Curso de Jornalismo da UFPI, professor Cantídio Sousa Filho.

 
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Diretor-executivo do Cinelimite, William Plotnick

Para o diretor-executivo do Cinelimite, responsável pelo trabalho de digitalização e fundador da Digitalização de Filmes Brasileiros (IDFB), William Plotnick, a digitalização de filmes tem como objetivo preservar e distribuir filmes brasileiros ao redor do mundo. “Em 20 anos, talvez, os filmes fossem perdidos, mas se pudermos preservar esses arquivos digitais, eles continuarão disponíveis. Então, com 2K e novos procedimentos de restauração, podemos realmente criar cópias que podem ser vistas no Brasil e em cinemas de fora. É uma oportunidade incrível para a história do cinema brasileiro”, destacou.

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Assistente-arquivista da iniciativa, Glenis Cardoso

A assistente-arquivista da iniciativa de digitalização de filmes brasileiros, Glenis Cardoso, também está participando da ação. “Este é um projeto que precisa de duas pessoas, uma que limpa os filmes enquanto a outra está digitalizando. Tenho ajudado também na parte da língua, pois sou professora de inglês e faço essa ponte”, disse.

O projeto já passou pelas cidades de Brasília (DF), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Recife (PE), e, ao sair de Teresina, seguirá para São Paulo (SP).

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