Com o objetivo de aproximar a Inteligência Artificial ao contexto da saúde, aconteceu na manhã desta quinta-feira (8), no Cine Teatro da UFPI e online por meio o canal da LASD-UFPI, a abertura oficial do Congresso “Evidências do mundo real por inteligência artificial – ERIA REAL WORLD EVIDENCE”.
O evento é uma realização do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Educação Permanente para o SUS (NUEPES), em parceria com o Programa de Mestrado Profissional em Saúde da Mulher (PMPSM) e Liga Acadêmica em Saúde Digital (LASD) e tem a proposta de aproximar os profissionais da saúde à nova realidade da Inteligência Artificial, promovendo eficiência e resolutividade dos problemas de saúde da população.
Participaram da mesa de abertura o Prof. Antônio Cardoso do Amaral, Presidente da FAPEPI; Representando o Reitor da UFPI, o Professor Arquimedes Cavalcante Cardoso, Diretor do Centro de Ciências da Saúde; a professora Lis Marinho, Coordenadora geral do evento; Lívia Nery, Diretora do CEAD-UFPI; Keylla Urtiga, Coordenadora de Pesquisa da UFPI; Elizabeth Biruel, Representante da OPAS/BIREME; Rita Tarcia, professora da UNIFESP; Natalia Marinele, do Mestrado Profissional em Saúde da Mulher; Auridene Moreira, Presidente do Conselho de Secretarias Municipais de saúde do Estado do Piauí (COSEMS).
Na oportunidade, a mesa de abertura assistiu ao show do cantor e compositor piauiense Chagas Vale que encantou os convidados com um riquíssimo repertório de músicas de compositores nordestinos.
Mesa de abertura
Após a apresentação cultural, a professora Lis deu boas-vindas aos presentes e falou da importância do evento. “O congresso é apenas uma semente que está aqui sendo plantada para ser cultivada e dar outros frutos”.
Antônio Cardoso do Amaral, Presidente da FAPEPI reforçou que "a parceria entre as instituições resultam na promoção e apoio do desenvolvimento científico do Piauí".
Arquimedes Cavalcante Cardoso, Diretor do Centro de Ciências da Saúde da UFPI, falou que o evento tem o intuito de despertar a ciência para novas gerações. “Este é um espaço que utilizamos para despertar a saúde e aqui parabenizo a participação da Liga em Saúde Digital da UFPI que busca sempre uma aproximação com a comunidade despertando a ciência nas novas gerações e buscando sempre popularizá-la”.
Auridene Moreira, Presidente do COSEMS-PI, disse que a inteligência artificial vem a somar ao processo de trabalho. “Uma vez que trabalhamos com processos de evidências cientificas, há uma otimização de recursos, tempo, processo de trabalho de uma forma que venha trazer resultado e impactar no nosso objetivo”, disse.
Acessibilidade de apps e smartphone usando controle ocular e voz
Marcos Maranhão falou sobre uso de tecnologia assistida em que o paciente com Tetraplegia usa para controlar o smartphone por meio de sensores no rosto, controle ocular e voz. Segundo Maranhão, o paciente estava sendo acompanhado por um processo de reabilitação para comunicação e foi apresentado ao recurso que permite interagir com seu celular usando a voz a partir do comando “Ok Google”.
“A partir do aplicativo, Giovanni começou a se comunicar de forma independente, autonomia e agora com outros dispositivos conectados no quarto permite a ele controlar luz, televisão e o mais importante: controlar a própria empresa, que é localizada em outra cidade, ele faz toda recepção das ligações de solicitações, compra materiais, negocia, faz uma atividade completa apenas com controle da visão e controle cervical. Quando a gente fala em Inteligência artificial a gente vê que neste dispositivo tem muita inteligência artificial embarcada que auxilia muito na capacidade de conectar com o mundo e ser produtivo. Giovanni é um paciente que serve como exemplo mostrando que suas incapacidades, hoje a tecnologia veio para ajudar e tem muita inteligência artificial no meio”.
Marcos Maranhão falou da perspectiva como usuário da Inteligência artificial. “Nesta linha da interconexão da inteligência artificial com a saúde é a capacidade da empatia artificial. Hoje tem várias ferramentas para interpretar a comunicação não verbal das pessoas e esse é o grande ponto de virada na área da inteligência artificial com vinculo na área da saúde, pois os usuários buscam muito e tem necessidade de empatia, seja de uma pessoa ou de algum código de computador. E a empatia artificial é muito importante como ferramenta para a inteligência artificial, pois hoje em dia, as escolhas dos usuários por um bom serviço médico, é aquele que acolhe e tem empatia, explica.
Conferência de abertura
Após a cerimônia de abertura, aconteceu no cine teatro da UFPI, a mesa de abertura “Inteligência Artificial – Evidência do Mundo Real e Inteligência Artificial na Saúde”, ministrada pelo professor Luiz Carlos Lobo da UNA-SUS, sob mediação da professora Keylla Urtiga, Coordenadora de Pesquisa da UFPI.
Carlos Lobo iniciou a palestra trazendo o conceito de inteligência artificial. Para o pesquisa IA consiste na gama de computadores que analisam um grande volume de dados e seguem algoritmos capazes de propor soluções a problemas, entre os quais os da saúde.
Lobo fala também da importância da saúde digital, área que abrange ampla gama de tecnologias que podem ser classificadas como: uso amplo e uso especializado. Dentre eles: prontuário eletrônico, telessaúde e telemedicina; uso de sistemas baseados em dispositivos de acesso único e sensores vestíveis e implantáveis, big data, genômica, robótica e etc.
A programação do evento segue até sexta-feira (9) com vasta programação dividida em dois eixos: o emprego, a importância a Inteligência artificial como ferramenta de trabalho na saúde e na ética e inovações e tomadas de decisão informada por evidências, o evento tem o objetivo de aproximar discentes e docentes do mundo da inteligência artificial.