Oficina Te(R)cendo práticas de leitura Inclusiva e Acessível
Ocorreu na tarde desta sexta-feira (02/09), no Museu de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), a oficina Te(R)cendo práticas de leitura Inclusiva e Acessível, que integra as ações realizadas pela Rede de Leitura Inclusiva em todo o país. A oficina foi ministrada por Angelita Garcia, da Fundação Dorina Nowill para Cegos, e contou com a participação de professores, alunos e da comunidade externa à Universidade.
Dentre os temas abordados na oficina, estão a desconstrução de mitos sobre a deficiência visual e a leitura inclusiva; livros acessíveis, suas especificidades e utilização; recursos de acessibilidade à leitura, bem como o engajamento dos profissionais que atuam como intermediários da leitura para que este público também seja contemplado durante as atividades.
Angelita Garcia, representante da Fundação Dorina Nowill
Conforme Angelita Garcia, representante da Fundação Dorina Nowill, a inclusão e a acessibilidade são construídas em constantes diálogos com as pessoas.
"A universidade é o espaço na sociedade que mais concentra informações e o uso do conhecimento. É extremamente importante termos o Núcleo de Acessibilidade da UFPI nessa conexão, porque presta tanto o atendimento direto aos alunos com deficiência, quanto para a comunidade externa, pois esse aluno também transita pela sociedade", disse.
Durante a programação que ocorreu durante a manhã, crianças com deficiência visual da Associação dos Cegos do Piauí (ACEP), do Centro de Apoio Pedagógico (CAP) e do Centro de Estimulação Sensorial (CES) receberam o kit "Dorinha e a Turma da Mônica brincando pelo Brasil". O kit, produzido pela Fundação Dorina Nowill e pelo Instituto Maurício de Souza, é composto de 5 livros em tinta e Braille que apresentam a cultura das diferentes regiões do Brasil.
Dilma Andrade, pedagoga do Núcleo de Acessibilidade da UFPI
De acordo com Dilma Andrade, pedagoga do Núcleo de Acessibilidade da UFPI - NAU, a ação possibilitou que crianças pudessem ter acesso e interagir com os espaços dentro da Universidade.
"Proporcionamos um momento de contação de história onde falamos sobre a cultura do Piauí. Os nossos estudantes de pedagogia fizeram uma dramatização e no final as crianças puderam circular dentro do museu de paleontologia. Queremos que todas as pessoas tenham acesso a esses espaços para mudar a concepção de que as pessoas com deficiência não possam estar em alguns espaços, ou não tenham competência ou capacidade", explicou.
Mônica Arrivabene, Pró-Reitora da PRAEC
Para Mônica Arrivabene, Pró-Reitora da PRAEC, é extremamente importante a união da sociedade em prol tanto dos alunos quanto para a comunidade externa que necessitem de atenção especial.
"A UFPI como sempre está a frente quando se fala de acessibilidade e promovendo inclusão. E uma dessas formas de prestar esse serviço é por meio do Núcleo de Acessibilidade, que promove ações de inclusão para os alunos que estão entrando para que eles possam permanecer", falou.
Pela manhã, crianças com deficiência visual das instituições ACEP, CAP e CES receberam o kit "Dorinha e a turma da Monica brincando pelo Brasil"
A Rede Piauiense de Leitura Inclusiva é um projeto mobilizado pela Fundação Dorina Nowill para Cegos e tem como objetivo estimular o acesso à leitura e à informação para pessoas com deficiência. As ações estão acontecendo em âmbito nacional, onde cada estado é mobilizado a formar Grupos de Trabalho para que construam novas ações de leitura e inclusão ou intensifiquem as que já são existentes.