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Estudo da UFPI avalia impacto do assoreamento do Riacho Correia na fauna nativa de peixes

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Última atualização em Terça, 19 de Julho de 2022, 10h20

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Orientandos do Laboratório de Ictiologia do Alto Parnaíba (LIAP), da UFPI, participam de estudo, que avalia o assoreamento do Riacho Correia

Um estudo liderado pelo professor Daniel Coutinho, do Campus Professora Cinobelina Elvas (CPCE/UFPI), está realizando um monitoramento do Riacho Correia, afluente do Rio Gurguéia, da Bacia do Parnaíba, na cidade de Alvorada do Gurguéia, localizada ao sul do Piauí, para avaliar os impactos do assoreamento na fauna de peixes nativa.

Ao longo da pesquisa, que está sendo realizada em parceria com orientandos do Laboratório de Ictiologia do Alto Parnaíba (LIAP) da UFPI, serão levantados dados para analisar quais espécies de peixes aparecem no local, quais permanecem, quais desaparecem, bem como a relação desses animais com o ambiente e as condições em que estão inseridos. O riacho Correia é intermitente ou temporário, ou seja, durante o período das chuvas (ou "cheias"), apresenta água em seu curso e durante o período de estiagem (ou "secas") desaparece temporariamente.

Como parte do estudo, o grupo participou de uma expedição que percorreu os trechos de água estagnada contidos na Fazenda Experimental Alvorada do Gurguéia (FEAG/UFPI), mas, após a proposição do projeto, todo o curso do riacho, que tem cerca de 45 km, será monitorado.

 

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Orientandos do Laboratório de Ictiologia do Alto Parnaíba (LIAP), da UFPI

De acordo com o ictiólogo Daniel Coutinho, responsável pela pesquisa, o assoreamento pode transformar um ambiente lótico (de água corrente) em um ambiente lêntico (de água parada) e isso pode afetar a fauna de peixes de várias formas. “Por causa das atividades agrícolas realizadas nas proximidades, o riacho está sendo cada vez mais assoreado, porque para plantar é necessário desmatar os seus arredores. Esse desmatamento faz com que o solo fique descoberto; e a água, consequentemente, vai levando parte dessa areia. O nosso estudo propõe fazer um monitoramento permanente no local para ver como esse constante assoreamento vai modificar a comunidade de peixes”, explicou.

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Ao todo, foram coletados mais de dois mil exemplares de peixes de espécies que ainda serão identificadas.

Também de acordo com Daniel Coutinho, o projeto será encaminhado para ser cadastrado junto à Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PROPESQI). “Essa expedição ajudou a consolidar o nosso grupo de pesquisa. Também temos ideias de parcerias para serem executadas profissionais de outras áreas, como o monitoramento do uso do solo ao redor da bacia, para que possamos conter o assoreamento, e hidrologia, responsáveis por estudar a água”, continuou.

Ainda durante a expedição, os alunos receberam treinamento para o manejo e manutenção de apetrechos de pesca, técnicas de coleta, fixação, conservação e identificação de peixes, além de observar o ambiente, a hidrologia local e realizar resgate dos jacarés que acidentalmente caíram nas redes durante as coletas.

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Professor Daniel Coutinho em orietação a alunos para o manejo e resgate de jacarés, que acidentalmente caíram nas redes durante a coleta

Os peixes coletados durante a expedição foram destinados ao acervo da coleção científica de vertebrados do campus da UFPI de Bom Jesus e serão aproveitados na realização de trabalhos de conclusão de curso e artigos científicos, servindo também para a coleção de referência da fauna local para pesquisadores de outras regiões. Ao todo, foram coletados mais de dois mil exemplares de peixes de espécies que ainda serão identificadas.

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Os peixes coletados serão aproveitados na realização de TCCs e de artigos científicos

Saiba mais sobre o estudo pelos contatos:

E-mail: 
E instagram: @coutinho_ictio

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