Especialistas, cientistas e gestores de órgãos públicos ambientais, reunidos em oficina do PAN Herpetofauna do Nordeste no Museu de História Natural do Ceará, da Universidade Estadual do Ceará (UECE) em Pacoti-CE.
O professor do Departamento de Biologia da UFPI, Davi Lima Pantoja Leite, participou entre os dias 6 e 10 de junho da Oficina da 3ª Monitoria e da Avaliação de Meio Termo do 2º Ciclo do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Herpetofauna Ameaçada do Nordeste (PAN Herpetofauna do Nordeste). O evento foi realizado na sede do Museu de História Natural do Ceará (MHNCE), sendo promovido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O PAN Herpetofauna do nordeste do Brasil atualmente contempla 107 espécies classificadas como ameaçadas de extinção (23 anfíbios e 84 répteis), entre elas 46 ameaçadas nacionalmente, consideradas espécies-alvo, e 58 beneficiadas, por estarem nas listas de espécies ameaçadas dos estados da Bahia e Pernambuco. O espaço também possui a presença de três espécies quase ameaçadas de extinção presentes na lista nacional.
Entre as espécies-alvo que figuram na lista do PAN, está o sapinho maranguapense (Adelophryne maranguapensis), um pequeno anfíbio que atinge apenas 2 cm de comprimento e é encontrado somente nas partes mais altas da Serra de Maranguape, no Ceará. O sapinho é considerado como criticamente em perigo de extinção devido aos desmatamentos constantes, expansão dos bananais na área de vida da espécie, e extração ilegal das bromélias, que são o local de reprodução da espécie.
Para o coordenador das Oficinas do PAN e servidor do ICMBio Carlos Abrahão, as oficinas são momentos importantes de troca de informação e experiências com a sociedade. "Esta oficina serve para que a gente receba as informações do que foi feito neste último ano nas áreas estratégicas do Plano de Ação e assim poder realinhar estratégias para a conservação das espécies".
Neste PAN, o Prof. Davi Lima Pantoja do Departamento de Biologia/CCN da UFPI faz parte do Grupo de Assessoramento Técnico (GAT), além de atuar como articulador e colaborador de diversas ações previstas no planejamento, abrangendo o Piauí e outros estados do Nordeste. Dentre as atividades de pesquisa e extensão coordenadas pelo professor Pantoja destaca-se algumas que se configuram como ações contributivas para o alcance dos objetivos do PAN Herpetofauna do Nordeste.