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Com participação da UFPI, live abre programação voltada ao combate à exploração sexual infantil no Piauí

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Última atualização em Sexta, 06 de Mai de 2022, 13h13

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Live “Faça bonito: proteja nossas crianças e adolescentes” propõe debate voltado ao combate à exploração sexual infantil

A live "Faça bonito: proteja nossas crianças e adolescentes", promovida pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFPI, abriu, na noite desta quinta-feira (05), um conjunto de ações que serão realizadas durante todo o mês de maio, no Piauí, voltadas para o combate à exploração sexual infantil. A ação é realizada em parceria com o Ministério Público do Piauí e os Comitês Nacional e Piauiense de Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes.

Na abertura, que contou com a participação de representantes de instituições governamentais e não governamentais que atuam no combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes do Piauí, a professora Déborah Dettmam, pró-reitora da PREXC, recepcionou a palestrante Denise Andreia de Oliveira Avelino e todos os que acompanharam a transmissão ao vivo pelo canal Ufpi TV, no Youtube.

“Fazer videoconferência é uma oportunidade que nós temos para dialogar com autoridades que em outras circunstâncias seriam difíceis de serem acessadas no nosso estado. A UFPI é uma parceira e está aberta para todas essas ações desenvolvidas no Piauí e que são de suma importância para a nossa sociedade”, destacou a pró-reitora.

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Deborah Dettman, titular da PREXC

A palestrante Denise Andreia de Oliveira Avelino é coordenadora-geral de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Doutora em Economia Doméstica, pelo Departamento de Economia Doméstica Universidade Federal de Viçosa, possui ampla experiência na área de Direito, com ênfase nas crianças, nos adolescentes e no acolhimento institucional, entre outros importantes temas.

Logo no início de sua fala, ela enfatizou a importância de ter uma data que incentiva, em todo o Brasil, a realização de ações que visem alertar toda a sociedade sobre a necessidade da prevenção à violência sexual.

“Nós ainda somos o país que mais mata e que mais violenta sexualmente crianças e adolescentes. A data 18 de Maio precisa se transformar em anos de enfrentamento. Nós precisamos lembrar que existem muitas Araceli [menina de oito anos sequestrada, violentada e assassinada em 18 de maio de 1973] sofrendo violência sexual hoje”, destacou.

Outro ponto de reflexão levantado durante o debate foi a criação da Lei da Escuta Protegida, sancionada em 2017 com o objetivo de evitar a revitimização da criança ou adolescente que sofreu ou testemunhou violência.

“Essa lei propõe que todos que de alguma forma atendem essas crianças e adolescentes tenham uma escuta qualificada que não estigmatize ou prolifere essa violência. Já basta o que elas sofreram. Elas não precisam ser denegridas pela sociedade. Temos que pensar nas outras violências, pois quando a vítima não é acolhida da forma correta, ela está sofrendo uma violência institucional”, continuou.

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Denise Avelino é coordenadora-geral de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

Durante o debate, participaram também Joselisse Nunes, promotora do MPPI; Elfrida Costa Belleza, juíza da 2ª Vara da Infância e da Juventude de Teresina; e Suely Coelho, membro do Comitê Estadual de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes do Piauí.

Após a fala da conferencista, a assistente social, Andréa Nunes, apresentou os dados de violência sexual coletados pela Secretaria de Saúde do Estado do Piauí (Sesapi) e as adaptações realizadas para melhor atender as vítimas no estado.

"As ações aqui no Piauí iniciaram em 2003, após uma reunião onde foi apresentada a proposta de um serviço para atender as vítimas. Com o passar dos anos avançamos na implementação de políticas públicas que atendessem essas mulheres sem tanta revitimização. Antes a vítima só podia se dirigir a lugares que não proporcionava o tratamento adequado. Fazemos parte de uma cultura machista e sabemos que a vítima já era julgada só por estar ali. Essa é uma luta constante. Não é fácil. Mas seguimos trabalhando. Podem cortar todas as flores, mas não podem deter a primavera", disse.

Saiba como denunciar - O Disque 100 é o canal de denúncias oficial do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e recebe diariamente denúncias anônimas de qualquer violação de direitos humanos, incluindo situações de violência sexual contra crianças e adolescentes. Também é possível realizar denúncias por meio Conselho Tutelar, no Ministério Público ou nos órgãos policiais e delegacias especializadas. Outro canal disponibilizado é o aplicativo “Sabe – Conhecer, Aprender e Proteger”, que possui o objetivo de facilitar a comunicação e o pedido de ajuda de crianças e adolescentes em situação de violência.

Confira a programação - Durante todo o mês de maio, diversas entidades de proteção aos Direitos das crianças e dos adolescentes estarão promovendo ações na cidade de Teresina. No dia 18 de maio, que é considerado o Dia D do Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, será realizado um manifesto com concentração no cruzamento da Rua Goiás com a Avenida Frei Serafim, às 08h. E para finalizar a série de ações, no domingo, 22 de maio, será realizado um pedal com concentração na Ponte Estaiada, às 16h.

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