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Professora da UFPI participa de escavações de cemitério colonial no Recife

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Última atualização em Quarta, 04 de Mai de 2022, 11h43

A professora do curso de Arqueologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Claudia Cunha, tem desenvolvido pesquisas em escavações do que teria sido um cemitério colonial na região do centro histórico do Recife, Pernambuco. Até agora já foram localizados mais de 100 esqueletos humanos, apontando para a descoberta do maior cemitério colonial identificado no Brasil, segundo a professora. O trabalho de escavação é comandado pelo Núcleo de Pesquisa e Ensino em Arqueologia (NEPARQ) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em parceria com o Laboratório de Osteoarqueologia da UFPI, que tem à frente a professora e bioarqueóloga Claudia Cunha.

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Professora Claudia Cunha tem trabalhado em escavações de cemitério

Alunos do mestrado e da graduação em Arqueologia da UFPI têm se deslocado até Recife e participado do processo de escavação. Discentes que trabalham sob a orientação da professora, no Programa de Pós-graduação em Arqueologia, já desenvolvem suas pesquisas de dissertação em torno dos resultados encontrados nas escavações. Os achados de ossos humanos, bem preservados, são raros e muito informativos sobre como viveram as populações do passado, conforme a professora. 

Com atuação direta na pesquisa, a professora Claudia aponta os ganhos que o curso de Arqueologia tem com a participação nas escavações: “Para os alunos que estão aqui comigo, é importante pela formação prática que eles recebem, além disso, ao ser finalizado o projeto, vai render muita informação que será publicada por profissionais de ambas as universidades participantes. Então, a UFPI ganha em produção científica com minha participação nessa atividade, além de que os alunos ganham oportunidade de prática em escavação de remanescentes humanos”, explica a professora. 

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Achados são informativos sobre populações do passado

A docente destaca ainda que no decorrer da pesquisa já foram realizadas importantes descobertas, mas que ainda não há data de finalização do trabalho. “Até agora foram encontrados 135 esqueletos, que já nos rendem muito material e informações, mas ainda não sabemos a que ponto vamos chegar. À medida que avançamos nas pesquisas, encontramos mais materiais, então, esse número não é o total do sítio e ainda há muito o que fazer”. Segundo a docente, diante dos resultados já se pode afirmar que "esse é o maior cemitério colonial já identificado no Brasil".

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Primeiras informações indicam que esqueletos datam dos séculos XVI e XVII 

“Este cemitério, até onde se sabe, não consta nem em documentos, mapas históricos ou relatos da cidade do Recife. Através dos ossos, é contada uma história inédita sobre as pessoas que lá viveram: quem eram, de onde vieram, o que comiam, quais doenças tiveram... é um manancial ainda desconhecido de informações” conclui a professora. 

O trabalho atual de escavações na região teve início em 2014 com a Universidade Federal Rural de Pernambuco. A área do cemitério, local onde a professora Claudia tem desenvolvido seu trabalho, começou a ser escavada em dezembro de 2021, sob a coordenação das professoras Ana Lúcia Nascimento e Suely Luna da UFRPE. Amostras de alguns materiais coletados foram enviadas para um laboratório dos Estados Unidos para fazer a datação por radiocarbono. Os primeiros resultados mostraram que o material é de período compreendido entre final século XVI ou início do XVII, época aproximada em que morreram as duas pessoas que foram datadas. 

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