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Aula inaugural do Mestrado em Saúde da Mulher aborda a assistência baseada no Choosing Wisely

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Última atualização em Segunda, 14 de Março de 2022, 13h20

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Mestrandos do biênio 2022-2024 participam da aula inaugural do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Mulher 

Aconteceu na manhã desta segunda-feira (14), às 9 horas, a aula Inaugural do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Mulher da UFPI, biênio 2022-2024. Na ocasião, o professor Sabas Carlos Vieira, oncologista titular da Sociedade Brasileira de Cancerologia e Mastologia, ministrou a conferência “Saúde da Mulher no século XXI: como melhorar a assistência baseada no Choosing Wisely”.

Na abertura do evento, ocorreu a apresentação dos ingressantes do primeiro semestre de 2022 e na ocasião, o Coordenador do Mestrado, Professor Luiz Airton Santos Junior parabenizou a todos e agradeceu a escolha do Mestrado em Saúde da Mulher. Em seguida, indicou sobre a importância da atividade, falou sobre a importância da relação aluno e professor e das grandes oportunidades de cada um teria de trocar experiências e conhecer sobre as contribuições para melhorar a assistência e estabelecer uma relação fundamental entre médico-paciente.

No segundo bloco do evento, aconteceu a conferência “Saúde da Mulher no século XXI: como melhorar a assistência baseada no Choosing Wisely”, com a apresentação do professor Sabas Carlos Vieira, oncologista titular da Sociedade Brasileira de Cancerologia e Mastologia.

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Oncologista titular da Sociedade Brasileira de Cancerologia e Mastologia, Sabas Carlos Vieira

Segundo Sabas Carlos Vieira, Choosing Wisely significa escolhendo sabiamente, é uma iniciativa que tem o objetivo de melhorar a assistência à saúde; informar para o paciente sobre o uso abusivo e indiscriminado de exames, procedimentos e tratamentos; diminuir as intervenções desnecessárias baseadas em evidências científicas fortes e diminuir conflitos entre médicos, pacientes, operadoras e sistemas de saúde.

Sabas explica que a necessidade do Choosing Wisely decorreu da crescente cultura do uso indiscriminado de determinadas condutas tanto realizada por médicos ou por pacientes. Segundo, o mastologista, o Choosing Wisely é uma forma de melhorar a qualidade dos serviços de saúde, buscando reduzir procedimentos médicos adotados que não possuem embasamento em evidências científicas.

Durante a aula inaugural, Sabas trouxe recomendações do Choosing Wisely de exames, tratamentos e intervenções que não traziam nenhum benefício ao paciente baseado em evidências científicas em casos de rastreamento de rotina para câncer. “Dentre os exemplos de recomendações incluem: não realizar exame pélvico em pacientes assintomáticos não gestantes exceto com indicação de rastreamento do câncer do colo do útero; não realizar colpocitologia oncótica em pacientes com menos de 21 anos ou que tenha realizado histerectomia por doença benigna; não rastrear pacientes com mais de 65 anos para câncer do colo do útero que tenha rastreamento prévio sem anormalidades; não realizar testes de HPV em pacientes com menos de 30 anos de idade”.

Por se tratar de uma iniciativa recente, Choosing Wisely, ainda têm poucos relatos na literatura que falam sobre sua aplicação prática e de suas consequências no contexto de saúde. Segundo Sabas, dados do pubmed, plataforma de base de consulta científica, encontra-se, hoje, 1.307 publicação sobre o tema. “Precisamos aumentar o número de publicações para que as pessoas tenham acesso, entendimento e uma tomada de decisão mais consciente”, finaliza. 

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