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Ciaten realiza webinar sobre Hanseníase: como e para que Notificar?

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Última atualização em Sexta, 17 de Setembro de 2021, 17h36

A hanseníase é uma doença de notificação compulsória incluída no sistema de vigilância epidemiológica do país. No entanto, as informações de ações de prevenção, diagnóstico, tratamento, monitoramento, avaliação, acompanhamento dos casos e notificação são os principais entraves para o enfrentamento da doença. Diante disso, o Centro de Inteligência em Agravos Tropicais Emergentes e Negligenciados (CIATEN) realizou na última quinta-feira (17), às 18 horas, no canal do Ciaten no Youtube,  o webinar “Hanseníase – como e para que Notificar”.

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O webinar foi em alusão ao Dia Estadual de Prevenção e Combate à Hanseníase comemorado no dia 12 de setembro, data escolhida para conscientizar, mobilizar, controlar e reforçar a importância de reconhecer e notificar à enfermidade.

De acordo com Fábio Solon, docente do Departamento de Medicina Comunitária da UFPI e mediador do evento, o webinário foi pensado a partir de um levantamento de problemas relacionados à temática com ênfase na prevenção, controle e assistência à saúde. “O dia 12 de setembro foi criado como resgate histórico e valorização das ações de executadas pela Secretaria Estadual de Saúde do Piauí (SESAPI) e Movimento de Reintegração das Pessoas atingidas pela Hanseníase (MOHAN), com o objetivo de alertar a sociedade civil sobre sinais e sintomas da doença, mobilizar os profissionais de saúde quanto a busca ativa de novos casos e realização de exames dos contatos registrados, dentre outras ações”, disse.

A ideia do evento partiu do núcleo temático em Agravos Negligenciados de Transmissão Direta (ANTD) do Ciaten, cuja a responsabilidade é do professor Viriato Campelo, que se dedica a temáticas importantes como: tuberculose e hanseníase e, eventualmente, à coccidioidomicose.

Viriato Campelo, vice-reitor da UFPI e supervisor do núcleo temático em Agravos Negligenciados de Transmissão Direta (ANTD/CIATEN), enfatiza que o núcleo tem trabalhado de maneira sistemática e contínua no sentido de encontrar mecanismos que possam atender as necessidades em saúde na hanseníase.  “Uma questão importante é a que diz respeito sobre a notificação desta doença. O que pode parecer simples como uma mancha ou caroço dormente ou uma reação de hipersensibilidade tardia, todo mundo pensa que é simples, mas simples nos livros, pois diariamente ao nível das Unidades Básicas de Saúde, porta de entrada do SUS, não é tão fácil. Sem a notificação fica muito difícil reunir informação, subsidiar alguma etapa de planejamento, programação de serviços”.

Em seguida, Maria Amélia de Oliveira Costa, Coordenadora Estadual de Epidemiologia da SESAPI, falou da importância da notificação e preenchimento correto da ficha de notificação compulsória. “A notificação é a principal fonte de vigilância epidemiológica, onde temos alguns elementos que são necessários para elencar a notificação, por exemplo, no sistema de notificação, o objetivo é ter a situação de saúde através de uma avaliação que trabalha um ponto de partida que desencadeia o processo, geram informações, conhecimento e tomada de decisão e ação”.

Segundo Amélia Costa, temos que trabalhar o be-a-bá da notificação. “Temos que saber o que é notificação; quem deve notificar; quando se deve notificar; quem ou quais são os objetos de notificação; conhecer a ficha de registro/notificação no SINAN; as situações que merecem destaque e procurar conhecer os contatos de vigilância. Esse é um be-a-bá, se a pessoa aprendeu no seu serviço de saúde, consequentemente, funciona. São situações que merecem destaques e que não devemos esquecer, pois é um ponto fundamental da vigilância epidemiológica", disse.

Francilene Carvalho de Mesquita, Coordenadora do Núcleo Morhan – Piauí, destaca o papel do Morhan nas atividades de conscientização e foco na prevenção, tratamento, diagnóstico e reabilitação das pessoas com hanseniase. “O Morhan tem um papel importante no combate e prevenção da hanseníase que é ajudar as pessoas a terem um diagnóstico precoce.  E a notificação caminha junto com o diagnóstico precoce. Em nossas ações de educação em saúde utilizamos as três perguntinhas básicas: Onde? Como? E quando?, para mapear e desenvolver ações da doença.

Paulo Rodrigues, ouvinte do webinar, disse que “o Morhan acabou se tornando "o braço/abraço de força" na dura caminhada de um paciente atingido pela hanseníase”.  

Ao final do webinário, Eliracema Silva Alves, Enfermeira e Supervisora do Programa de Controle Estadual da Hanseníase (SESAPI), apresentou a cartilha que está sendo produzida em parceria com o Ciaten.

“Elaboramos uma cartilha para facilitar o acesso a notificação. Nós não temos subnotificação, pois não estamos diagnosticando, precisamos aumentar nossa cultura de diagnosticar para termos a realidade dos casos de hanseníase, para o gestor saber quem somos, onde estamos e o que precisamos”, finaliza.  

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