Pesquisa aponta que 75% da comunidade acadêmica da UFPI possui alteração no sono

O Projeto “Vivendo Forte”, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), identificou que cerca de 75% da comunidade acadêmica, do campus Ministro Petrônio Portella, em Teresina, apresenta algum problema de sono. Com o objetivo de identificar os fatores de risco cardiovascular e qualidade do sono, o projeto aponta que “dormir mal”, está relacionado ao risco aumentado do desenvolvimento de fatores de risco cardiovascular, como obesidade e pressão arterial elevada.

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Equipe do Projeto da UFPI, Vivendo Forte.

Segundo o Professor Fabrício Rossi, do Departamento de Educação Física da UFPI, e orientador da pesquisa, foi aplicado uma amostra representativa dos cursos presencias de graduação, pertencentes a todos os Centros da UFPI e foi identificado que 47,6% de alunos do sexo masculino apresentaram sono severamente alterado e 74,8% apresentaram pelo menos alguma alteração. Já o sexo feminino, 44,3% apresentaram sono severamente alterado e 75,5% pelo menos alguma alteração. Além disso, os alunos que apresentaram sono severamente alterado tiveram maior risco cardiovascular em relação aos que apresentaram sono normal.

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Professor Fabrício Rossi, orientador do Projeto Vivendo Forte.

Fabrício afirma ainda que o período de pandemia parece agravar a qualidade de sono desses universitários, uma vez que esses alunos passam a dormir mais tarde, diminuem a prática de atividade física e aumentam o tempo sedentário, piorando assim a qualidade de vida. Portanto, fazem-se necessárias estratégias que previnam a piora do sono e busquem melhorar aqueles que apresentam alguma alteração.

O pesquisador destaca que uma boa ação para o controle da qualidade de sono é a prática de atividade física e que uma das metas do projeto Vivendo Forte é a oferta de exercícios. “O sono prejudicado pode influenciar diretamente no desempenho cognitivo e rendimento do aluno no seu dia a dia. Neste sentido, estratégias são necessárias, no sentido de buscar uma higiene do sono e, melhor qualidade de vida desses alunos. Na segunda etapa do projeto, pretendemos oferecer a prática de exercícios físicos supervisionados e gratuitos, no setor de esportes da UFPI, visando prevenir e melhorar a saúde geral dessa população”. 

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Extensionistas do Projeto Vivento Forte em análise da comunidade acadêmica da UFPI.

Parte das análises do projeto de extensão já teve publicação em revista científica, que pode ser verificada aqui.