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ENTREVISTA: Regilda Moreira-Araújo, Pró-Reitora da PRPG: ‘Queremos a pós-graduação transformando a sociedade’

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Última atualização em Sexta, 02 de Julho de 2021, 11h33

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A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) da Universidade Federal do Piauí tem duas grandes metas: ampliar e qualificar ainda mais os programas de pós, latu e stricto sensu. Para a professora Regilda Moreira-Araújo, que está à frente da PRPG, isso é fundamental para a qualificação profissional. É também o melhor caminho para fortalecer a Universidade e transformar a realidade que nos cerca. “Queremos a pós-graduação como instrumento de transformação da sociedade”, diz ela.

Confira os novos rumos da Pós-Graduação da UFPI nesta entrevista com Regilda Moreira-Araújo.

Quais as grandes metas da PRPG para os próximos anos?

Queremos dar mais amplitude e ainda mais relevância à pós-graduação. Isso significa implantar programas de aperfeiçoamento de pessoal, oferecer novos mestrados e doutorados, inclusive no modelo interinstitucional, Dinter ou Minter, fora do campus sede. Também significa a permanente busca de mais qualidade. Por isso estamos criando um modelo de avaliação que aplicaremos todo semestre, com a participação de docentes e discentes. Outras metas importantes: fortalecer as redes institucionais, incentivar a formação de núcleos interdisciplinares e ter uma presença forte junto aos órgãos e agências de fomento.

Uma presença bem mais ampla...

Não tenha dúvida. Queremos a UFPI forte também no cenário internacional. Estamos cuidando para que nossas páginas web sejam trilíngues, o que assegura mais visibilidade e mais inserção acadêmica. Ao mesmo tempo, é fundamental aproximar a pós-graduação da comunidade, fazer a pós-graduação instrumento essencial na qualificação profissional e no atendimento das demandas de instituições e empresas. Portanto, um papel de transformação da sociedade.

No quadro de hoje, quais os números mais destacados da pós-graduação na UFPI?

Olha, são 47 programas que se desdobram em 65 cursos stricto sensu: 34 mestrados acadêmicos, que se somam a 10 mestrados profissionais, um tipo de demanda que só aumenta; e mais 21 doutorados, além de 6 doutorados interinstitucionais, o chamado Dinter. São programas que se requalificam com o propósito de oferecer os melhores resultados para a universidade e a sociedade. E oferecemos ainda especializações, residências e outros cursos que fortalecem esse esforço de qualificação de pessoal. O melhor é que temos um alto índice de programas bem avaliados: dois alcançam avaliação nota 5, outros 20 têm nota 4 e temos ainda 15 com nota 3. Estamos trabalhando para elevar ainda mais a nossa avaliação.

Essa busca da qualidade pode levar à revisão de programas?

É uma discussão que temos dentro da Pró-Reitoria. Há alguns programas superpostos e precisamos considerar, por exemplo, a fusão. Seria uma maneira de juntarmos forças para ter programas mais robustos, mais focados e, portanto, com melhores resultados.

A gente vê muita gente querendo se qualificar, mas às vezes é preciso ter dedicação praticamente integral ao estudo. Existe forma de amparar essas pessoas?

Sim. Temos bolsas da Capes dentro do Programa de Demanda Social. Quando chegamos eram 351 bolsas e conseguimos aumentar para 401. São 282 para alunos de mestrado e 119 para doutorandos. É uma ação de extrema importância, que amplia esse processo de qualificação. Veja a força da pós-graduação: neste semestre, já somamos 101 novos mestres e 30 doutores. Hoje temos 714 alunos ativos em cursos stricto sensu. Quando olhamos todos os cursos de pós-graduação, são quase 3 mil alunos: exatos 2.727.

O que a comunidade acadêmica e a sociedade podem esperar para um futuro próximo?

Podem esperar uma pós-graduação de excelência, com o reconhecimento do trabalho de docentes e discentes, com produção de conhecimento novo, pesquisas com o que se tem de mais moderno na ciência. Além de pesquisas aplicadas, que retornem em benefícios para a comunidade acadêmica e para a sociedade, cujo foco seja a popularização da ciência e a aproximação da comunidade acadêmica com a sociedade.

Essa condição da PRPG como espaço da pesquisa também a coloca como importante na interação com a sociedade e na transformação da realidade?

Com certeza. As dissertações, teses, produtos tecnológicos, no caso dos mestrados profissionais, artigos publicados e divulgação da ciência produzida retornam à sociedade, impactando diretamente em vários momentos e influenciando diversos aspectos das suas vidas. As grandes descobertas são realizadas nos trabalhos de Tese da Pós-Graduação, que geram conhecimento novo.

Como a pós-graduação dá suporte estratégico a grandes projetos do reitor Gildásio Guedes, como o Parque Ambiental e o Parque Tecnológico?

A pós-graduação produz o conhecimento e conta com a expertise de docentes e discentes que ajudarão na construção e implementação do Parque Ambiental e no Parque Tecnológico, com pesquisas voltadas para estes projetos, para o respeito e preservação do meio ambiente, valorização das potencialidades e riquezas do Piauí, trabalho conjunto e pluridisciplinar. Temos, por exemplo, PPGs voltados para o meio ambiente e Programas voltados para o desenvolvimento tecnológico e propriedade intelectual, além de outras áreas conexas necessárias neste contexto.

Olhando para os próximos anos, o que o futuro guarda para a pós-graduação na nossa Universidade?

Vejo o futuro com otimismo, pois sei da capacidade e competência dos profissionais, docentes e técnicos, que fazem a pós-graduação, do engajamento para contribuir na construção de dias melhores. Até pouco tempo atrás não éramos uma instituição de tradição em pesquisa. Mas isso mudou. Com a qualificação do corpo docente e técnico conseguimos avançar e galgar posições de destaque na pesquisa em diversas áreas, contribuindo para o desenvolvimento do Estado e rompendo fronteiras, em busca do aprimoramento e excelência, com captação de investimentos e profissionais cada dia mais qualificados. Com certeza, vamos muito mais longe.

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