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Professora do Curso de História lança livro sobre Culturas políticas e disputas entre o trabalhismo oficial e o trabalhismo cristão no Piauí

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Última atualização em Quarta, 24 de Março de 2021, 15h56

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A professora do Curso de História do Campus Ministro Petrônio Portella da UFPI em Teresina, Profa. Dra. Marylu Alves de Oliveira, acaba de lançar seu segundo livro "DA TERRA AO CÉU: Culturas políticas e disputas entre o trabalhismo oficial e o trabalhismo cristão no Piauí (1945-1964)". A obra é resultado da tese de doutorado defendida na Universidade Federal do Ceará no ano de 2016.

Com mestrado em História do Brasil pela UFPI (2008) e doutorado na Universidade Federal do Ceará (2016), atualmente a professora cumpre estágio pós-doutoral na UFC desenvolvendo temas ligados à literatura e política que vem se tornando alvo de seu interesse.

Por causa da pandemia do novo coronavírus, a obra foi lançada apenas em plataformas e livrarias virtuais. Os livros físicos ainda não têm data para lançamento em Teresina.

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Sobre o livro – pela autora

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O livro analisa as tentativas de implantação de projetos trabalhistas no Piauí, em meio às especificidades da cultura política partidária e popular local, entre as décadas de 1940 e 1960. Ao se debruçar sobre arcabouço documental acerca do período, uma problemática surgiu: como esses trabalhismos ganharam visibilidade em âmbito local? Após um acidente, durante a campanha eleitoral de 1958, em que um dos candidatos ao governo do Estado faleceu, as sensibilidades populares compensaram eleitoralmente o candidato substituto, o petebista Francisco das Chagas Caldas Rodrigues. Surgido das hostes do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), aquele político tentou implantar um projeto trabalhista oficial, atuando conforme plano nacional do partido, fomentando o desenvolvimento social, o assistencialismo e apoiando a Reforma Agrária. A outra proposta surgiu do seio de uma das instituições mais respeitadas em solo piauiense, a Igreja Católica, em razão da chegada ao Estado do arcebispo Dom Avelar Brandão Vilela. A esse projeto, por sua vez, denominamos de trabalhismo cristão. Tais propostas, que visavam produzir melhorias nas condições de vida dos trabalhadores pobres, sofreram resistências da cultura política partidária local, em especial no que se refere à Reforma Agrária. Apenas uma delas, o trabalhismo cristão, conseguiu estabelecer um pacto com os trabalhadores locais por um breve período, em virtude da força da religião enquanto importante componente cultural daquela sociedade, ou melhor, como elemento da cultura política popular. Portanto, compreender o fracasso das tentativas de implantação de um trabalhismo oficial e cristão acabou se tornando uma forma de compreender também como funcionavam as culturas políticas partidária e popular no estado do Piauí.

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