Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Últimas Notícias - UFPI > Pesquisa da UFPI estuda relação da mulher com esporte de alta intensidade
Início do conteúdo da página

Pesquisa da UFPI estuda relação da mulher com esporte de alta intensidade

Imprimir
Última atualização em Terça, 23 de Março de 2021, 12h05

 

exercicio_mulher.png

Foto: Pixabay

A presença cada vez maior de mulheres no cenário esportivo vem despertando o interesse de pesquisadores para compreender impactos que os esportes, sobretudo de alta intensidade, como o atletismo, podem causar à saúde íntima feminina. Na Universidade Federal do Piauí (UFPI), pesquisadores têm estudado a temática e ressaltam que o exercício físico monitorado adequadamente é considerado extremamente pertinente.

Profa_Dionis.jpg

Professora Dionis Machado, do Departamento de Educação Física ( CCS)

Segundo a professora e pesquisadora Dionis Machado, do Departamento de Educação Física/CCS, as mulheres apresentam algumas características antomofisiológicas diferentes em relação aos homens, - o que não as colocam em desvantagem. Todavia, ela acrescenta que a anatomia do assoalho pélvico feminino oferece alguns riscos para as que praticam exercícios de alto impacto. Entre os possíveis problemas, a presença da fenda vaginal pode favorecer aos prolapsos de órgãos pélvicos ( saída do órgão pélvico, ex. queda da bexiga) e incontinência urinária.

Dessa forma, compreende-se, segundo a pesquisadora, que o alto impacto promove uma sobrecarga no assoalho pélvico e está relacionado às práticas que exigem saltos, corridas, aumento de velocidade e esforço máximo. A exemplo, temos o atletismo, que possui algumas dessas atividades. A Profa. Dionis destaca que no voleibol e basquetebol também pode haver a presença marcante dos saltos. “Contudo, esportes de alto impacto não devem ser visto como vilões. É preciso ter um bom preparo físico e que elas sejam orientadas pelo profissional de Educação Física”, observa.

É fundamental que as mulheres fiquem atentas aos sinais e sintomas relacionados às disfunções pélvicas (incontinência, prolapsos, entre outras) e, nos casos necessários, buscar um fisioterapeuta para avaliação e tratamento específicos. E mesmo com os possíveis impactos, a prática esportiva é bastante benéfica, já que há melhora da circulação sanguínea sistêmica, aprimoramento de aspectos cognitivos e ajuda na produção de hormônios e neurotransmissores associados ao bem-estar e controle do humor. “Tal fato é extremamente relevante para as mulheres que sofrem de transtorno pré-menstrual, ansiedade e depressão”, ressalta Dionis.

Portanto, com orientação adequada e os devidos cuidados, há bastantes benefícios para as mulheres que praticam esportes de alto impacto. O recomendável é iniciar com exercícios leves, com menor duração e aumentar o tempo e intensidade conforme o corpo for mostrando adaptações.

Fim do conteúdo da página