O professor do curso de Arqueologia e Conservação de Arte Rupestre, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Flávio Rizzi Calippo, foi eleito Vice-Presidente da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), sociedade civil de caráter científico que congrega arqueólogos de todo Brasil. A eleição foi realizada na cidade de Aracaju, durante o XVII Congresso da entidade.
O professor, que foi eleito para o biênio 2013-2015 com uma aceitação de 87%, possui mais de 15 anos de experiência em Arqueologia e há dois anos é Professor Adjunto da UFPI.
Segundo ele, a chapa, cuja presidente é a Professora Márcia Bezerra (UFPA), vai encarar enormes desafios. Com a crescente demanda pela Arqueologia gerada pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), houve uma grande expansão da Arqueologia nos últimos anos no país, evidenciada, principalmente, pelo aumento do número de cursos de formação - graduação e pós-graduação; a multiplicação de abertura de empresas de consultoria; o alargamento do mercado de trabalho; a intensificação da demanda por financiamentos de pesquisas acadêmicas junto aos órgãos de fomento; a ampliação do número de eventos regionais, nacionais e internacionais organizados no país; e o incremento na publicação de títulos sobre arqueologia, entre outros.
A partir desse cenário e procurando atuar em prol da proteção e gestão do patrimônio arqueológico brasileiro, a nova diretoria da SAB pretente promover, nos próximos dois anos, ações que levem ao debate e à proposição de medidas que venham a fortalecer a formação dos arqueólogos no país, a regulamentação a profissão, a consolidação do Código de Ética da Arqueologia, a ampliação das reflexões críticas sobre a atuação do Estado no campo da Arqueologia, a assunção do compromisso com as populações afetadas pela prática arqueológica e, principalmente, a inserção política da disciplina.
A Sociedade de Arqueologia Brasileira foi criada durante o Seminário Goiano de Arqueologia, em 1980. A primeira reunião científica foi realizada em 1981, no Rio de Janeiro, na Universidade Estácio de Sá, onde funcionava a única Faculdade de Arqueologia do país na época. A partir daí as reuniões alternaram-se, bi-anualmente, em diferentes cidades do Brasil, sem interrupções, assim como sua diretoria.
Fonte: Sociedade de Arqueologia Brasileira